domingo, 24 de fevereiro de 2013

CRÍTICA - OS MISERÁVEIS

Hollywood está passando por uma séria crise atualmente, onde não se veem novos projetos, mas sim refilmagens, adaptações de obras literárias e como no caso de "os miseráveis", consta como ambos. Confesso que fui assistir a produção sem fé alguma, mesmo sendo fã assumido da atriz Anne Hathaway.
E não é que me surpreendi!
 O filme é inteiro cantado, durante as suas 2h30, mas isso não prejudica nem um pouco a demonstração brilhante do diretor Tom Hooper (vencedor do Oscar por "o discurso do rei") em contar a clássica história de Victor Hugo, passada na França do século 18.Conta a história que Jean Valjean (Hugh Jackman, em uma atuação marcante, que na minha opinião, a melhor de sua carreira, fazendo jus a sua indicação ao Oscar) é preso por roubar pão para alimentar sua família e foge em busca de redenção, mas acaba adotando o filho de Fantine (Anne Hathaway, que mostra em apenas 20 minutos em cena, que merece a sua primeira estatueta de ouro), no qual depois de ser demitida de uma fabrica téxtil em que trabalhada é forçada a se prostituir, e inclusive tirar seus dentes e cabelos e vende los para sustentar a sua filha.
Em decorrência dos seguintes fatos, ela vem a falecer e sua filha Cossete (interpretada por Isabelle Allen na versão criança e pela bela Amanda Seyfried na versão adolescente/adulta) é mandada para um local onde serve de trabalho escravo para seus servos (Sacha Baron Cohen e Helena Bohan Carter, repetindo a parceria de Sweeney Todd, os dois atores consagrados por seus papeis em Borat e nos vários filmes de Tim Burton, respectivamente, mostram que não saem do mesmo, o que é uma pena para o grande talento dos dois atores) e mais tarde é adotada por Jean que a trata como filha. Nesse meio tempo Jean é perseguido pelo inspetor Javert (Russell Crowe, ótimo no papel e péssimo como cantor em algumas músicas), pelo qual a todo custo quer que Jean cumpra a sua pena.
As cenas musicais solo, pelo qual deveriam ser o ponto forte do filme, são o ponto mais fraco, pois o diretor cometeu a terrível gafe de focar na cara dos atores apenas, deixando o filme cansativo em certo ponto. O drama vivido ali por Francine e Valjean chega de fato a emocionar em certo ponto, pois é uma extrema crítica as várias sociedades contemporâneas pelo qual vivemos, onde presenciamos a enorme humilhação de pessoas simples para poder viver, enquanto ricos e poderosos estão cada vez melhores. Quando a fotografia, chega a ser belíssima, pois ela foca nos tons das pinturas que eram feitas baseadas na época da revolução francesa, uma enorme mescla de tons escuros, claros, meio amarelados no que resultam em tons brilhantes a certo ponto. Bom, há poucos diálogos no filme, no total são no máxímo cinco minutos, mas são nos momentos certos digamos. Mas em todo o filme, quem brilha é Anne Hathaway, no qual brilha completamente como Fatine, pois nos mostra o verdadeiro drama no qual sua personagem sente, seu sofrimento e mostra que, assim como Jean, luta para sobreviver.
A grande luta da revolução francesa é realmente comovente, um ótimo trabalho da equipe de filmagem nessa parte, pois focava várias vezes em diferentes angulos da batalha, mas claro, sem deixar exibir a bandeira francesa. Já a química entre os atores Russell Crowe e Hugh Jackman, funciona pois sentimos o ódio que um personagem sente pelo outro em cada cena na qual se encontram. Já Sacha Baron Cohen e Helena Bohan Carter tem uma certa química entre eles, mas funcionam como o alívio cômico da produção. Amanda Seyfried, já conhece muito bem os músicais, pois foi reconhecida no sucesso "Mamma Mia!", aqui solta a voz novamente e muito bem. No entanto, o melhor número musical do filme vai para Hugh Jackman e Anne Hathaway, que graças a um show improvisado na abertura do Oscar, foram escolhidos para retornar a parceria sucedida e mostram que foram feitos para esse genêro também. Imperdivel para os fãs de músicais, caso contrário evite.

CRÍTICA - A HORA MAIS ESCURA

Quando ninguém imaginava, durante a cerimônia do Oscar, pela primeira vez na história, uma mulher ganhava o Oscar de melhor diretora, seu nome é Kathryn Bigelow(vencendo o "Avatar"de seu ex-marido James Cameron). Além de melhor diretora ela ganhou por melhor filme também, no filme chamado "guerra ao terror", era uma produção aparentemente independente, na qual revelou o atual astro Jeremy Renner, e mostrou uma nova visão dos filmes de guerra, pois todas as cenas eram filmadas com a câmera na mão. Já o filme era sobre um grupo de soldados que trabalhavam como desarmadores de bombas no Iraque, e além de abordar seus dramas onde estavam, mostravam seus problemas familiares, onde seus filhos nasciam e eles não podiam estar la para ver.
Enfim, a cerca de dois anos atrás o mundo amanhecia com a noticia de que o famoso terrorista Osma Bin Laden havia sido morto pelos soldados estadunidenses em uma operação super secreta, na qual as informações foram mantidas em sigilo total para proteger a identidade dos envolvidos na operação. Mas uma certeza que todos nós no fundo tínhamos, é que logo ja ia ser feita uma produção Hollywoodiana de grande porte para contar essa história. Dito e feito, e chamaram justamente Bigelow, que havia ganhado o Oscar recentemente para cuidar da produção (pois essa já tinha uma certa noção do assunto). A produção, assim como a operação, foi mantida em sigilo total, mesmo com a CIA desmentindo os fatos que iam ser mostrados ali, então só fomos saber da história no lançamento do filme.
Jessica Chastain (em seu terceiro grande papel no cinema, em uma grande interpretação, que também tem chances de ganhar o Oscar) interpreta a agente da CIA Maya, que logo após o 11/09, foi contratada para encontrar o esconderijo de Bin Laden. Então são apresentados interrogatórios a terroristas seguidores de Osama, atentados a base americana, na Inglaterra, sendo que a cena de atentado mais emocionante é na cena em que Maya está jantando com sua amiga Jessica em um restaurante e de repente acontece uma explosão, somente dessa cena o filme já consegue ser uma forte concorrente ao Oscar de edição de som, pois ela realmente impressiona. Outra cena que também merece um destaque é a invasão a casa de Osama, onde parte dela é filmada em visão noturna, mas não deixa o telespectador perder a tensão mostrada ali.
A filmagem do filme, assim como "guerra ao terror", até em certo momento é utilizada a câmera na mão, mas depois ela é substituída pela filmagem convencional, há momentos em que ambas utilizações são intercaladas.
Jessica nos apresenta uma atuação brilhante, onde mostra no começo uma típica mulher “delicada" trabalhando na CIA, mas ao decorrer do filme aquela mulher vai se mostrando muito mais durona do que qualquer homem do filme. Uma cena pelo qual me chamou a atenção é quando ela está em um escritório da CIA, onde é mostrada a localidade de Bin Laden em um mapa, pelo qual ela lutou uma década para encontrá-lo, é mostrada uma foto de George W. Bush ao lado da bandeira americana, sorrindo, e logo em seguida Maya faz a mesma pose na bandeira dos Eua que há na sala, só que séria, na mesma hora a fotografia escurece um pouco, simbolizando que ela é uma heroína americana, e não mais outra pessoa que está ali de brincadeira(como aparenta a foto acima).
Quem também está no filme é Mark Strong ("Sherlock Holmes","Kick-Ass", ator na foto acima), que em seu primeiro papel como "mocinho", manda bem como um dos chefões da CIA e rouba a cena quando aparece. Na trilha sonora se escuta (como de costume em produções do gênero) orquestras asiáticas. Comparado com outras produções do gênero como "zona verde", "o suspeito", "leões e cordeiros", essa é a primeira oficial após a morte de Osama, e ao contrário do que muitos pensam, ela não chega a ser patriótica. Recomendo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CRÍTICA - PARA MAIORES

 Depois que no natal de 2003 foi lançada a comédia romântica "simplesmente amor", onde contava com várias estrelas do cinema inglês (com exceção de Rodrigo Santoro, claro) em várias histórias de amor na época do natal, cujo no final se entrelaçavam entre si. Sucesso de público e crítica, o filme se tornou "cult", pois foi o pioneiro de uma era de filmes do mesmo estilo, como "ele não está tão afim de você","idas e vindas do amor","noite de ano novo". Mas agora chega aos cinemas o limite desse tipo de filme.
       Com um enorme elenco de estrelas(Elisabeth Banks, Kristen Bell, Anna Faris, Leslie Bibb, Kate Bosworth, Gerard Butler, Kieran Culkin, Josh Duhamel, Richard Gere, Hugh Jackman, Johnny Knoxville,  Justin Long, Stephen Merchant, Christopher Mintz-Plasse, Chloë Grace Moretz, Liev Schreiber, Seann William Scott, Emma Stone, Jason Sudeikis, Halle Berry,Uma Thurman, Naomi Watts e Kate Winslet ), o filme foca em várias esquetes com vários diretores diferentes em cada uma delas.
       
Confesso que no começo os esquetes agradam e são hilárias, como o jantar da Kate Winslet e Hugh Jackman, e o pedido "romântico" de Anna Farris(a cindy de "todo mundo em pânico") a seu marido (Chris Pratt de "a hora mais escura", que na vida real também é seu marido). Mas infelizmente o filme decai no deboche e parece que estamos vendo varios curtas dos sites “mundo canibal" e "humortadela", pois acontece todas as situações mais bizarras e constrangedoras possíveis(incestos, linguagem obscena, racismo e por ai vai). Creio que os atores se divertiram fazendo esse filme, mas esqueceram que um publico iria assisti-lo. É triste saber que atores do porte de Richard Gere, Hugh Jackman, Kate Winslet, Terence Howard, toparam em fazer parte de uma produção como essa, no qual nós chegamos a nos sentir constrangidos e ofendidos a certo ponto. Em uma sessão lotada, algumas pessoas iam embora durante a projeção. Isso reflete na sociedade atual, que está mais consumista do que consciente, pois se vê que a maioria das piadas abordadas no filme, completamente constrangedoras, são passadas em branco pelo telespectador, claro não é a toa que a população mundial vem piorando cada vez mais no seu comportamento, sendo cada vez mais ignorante, do que reflexiva de seus atos errôneos. Esse filme tinha que se chamar em português, como aquele quadro do programa do Silvio Santos "topa tudo por dinheiro".
A desculpa para os curtas acontecerem: dois amigos estão fazendo um vídeo para o "you tube" e um menino mais novo que os dois e mais inteligente que eles, faz uma brincadeira com a postagem deles e eles decidem revidar e mandam pesquisar na internet sobre um filme chamado "Movie 43", para assim poderem lotar seu computador de vírus, e a cada link que os garotos clicavam, começava os curtas com as celebridades. Desculpa chula, poderia ser mais bem elaborada, mas para quem gosta de assistir vídeos engraçados no "youtube" ou nos sites mencionados acima, ta uma boa pedida, caso contrário, fuja!

CRÍTICA - ARGO


 Em 1998, o ator Ben Affleck junto com o seu melhor amigo o também ator Matt Damon, conquistaram seu primeiro Oscar juntos como roteiristas do filme "o gênio indomável". De uns tempos até hoje, enquanto Damon crescia cada vez mais, participando de varias franquias famosas (Bourne, 11 homens...), seu amigo Affleck, não teve a tanta sorte, pois a cada produção que participava era considerada um fracasso de publico e critica. Nem com o mega Blockbuster "Demolidor o homem sem medo" este não se reergueu (mas pelo menos, felizmente conheceu sua atual esposa a atriz Jennifer Gardner, que no filme vivia a namorada do herói Elektra). Então em 2008 ele dirigiu seu primeiro filme "medo da verdade", estrelado pelo seu irmão Cassey e Morgan Freeman, foi ai que ele conseguiu sucesso de publico e critica, mas não como ator, mas sim como diretor. Já em 2010 lançou o ótimo drama com toques de ação e suspense "atração perigosa", no qual dirigia e atuava e o consagrou mais ainda, pois ficou entre os mais vistos nas suas primeiras semanas de exibição nos Eua, além disso o filme rendeu uma indicação ao Oscar para Jeremy Renner.
Agora em 2012 Aflleck mostra que é um grande diretor com seu ultimo filme "Argo", em que vem conquistando 80% dos principais prêmios nas categorias principais: melhor filme e melhor diretor (esta ultima com exceção no Oscar). Mas por que uma produção conquistou tantos prêmios sem deixar chance para nenhuma outra produção? A resposta é simples, pois o filme abrange uma critica aos bastidores de Hollywood, nos mostrando como é que ocorre a produção de um filme, desde o processo de roteirizarão, escalação do elenco, filmagens e pesquisas por locações. Isso é o suficiente para o filme cair nas graças dos votantes de qualquer premiação, pois tecnicamente é uma honra e uma homenagem o filme abordar detalhadamente esse lado.
Mas o mais importante, o filme é baseado em fato verídico, mas a pouco tempo as informações foram reveladas, para poder proteger a identidade do pessoal envolvido na arriscada missão.O filme se passa em novembro de 1979, durante a revolução iraniana, onde foram feitos 52 reféns americanos na embaixada americana no Teerã. Affleck vive Tony Mendes, um agente da CIA especialista em fugas de agentes nas mais complicadas missões, e ele é escaldado para remover seis agentes que conseguiram escapar da embaixada e se refugiaram na casa do embaixador canadense. Durante uma conversa com seu filho, assistindo ao filme "planeta dos macacos", passa por sua cabeça na mesma hora que ali estava um plano perfeito: fazer um filme de fachada, onde os reféns eram da equipe do filme e iriam realizar-lo na região onde estavam feito reféns. Mas para isso precisava contar com a ajuda de seu amigo maquiador John Chambers (John Goodman, ótimo no papel) e de do diretor Lester Siegel(Alan Arkin, vencedor do Oscar por "pequena miss Sunshine"). Enquanto quem fazia sua parte na CIA era Jack O´Donnell (Brian Cranston, do seriado Breaking Bead).
Na produção, Affleck mostra-se bastante dramático, com uma trilha sonora com uma melodia tanto dramática quanto tensa, uma fotografia impecável. Em certos momentos da projeção, vale destacar que  tem mistos com reportagens em certos momentos do filme, contando assim os fatos verídicos que ocorreram na época da revolução. Um filme que tem de tudo para se tornar inesquecível e fazer a história no cinema, assim como “o artista” fez ano passado. Recomendo, principalmente para aqueles que também são cinéfilos e amantes da sétima arte como eu.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CRÍTICA - DJANGO LIVRE

     
Há cerca de 20 anos atrás, um cineasta chamado até então desconhecido Quentin Tarantino, nos brindou com um filme chamado "cães de aluguel". O filme foi um sucesso e até hoje é referenciado em diversas outras produções, mas seu reconhecimento surgiu a exatos dois anos depois com o lançamento de "Pulp Fiction - tempos de violência", no qual o filme além de ter um elenco estrelar(John Travolta, Uma Thurman, Bruce Willis...), revelou o famoso astro Samuel L. Jackson e ganhou o Oscar de melhor roteiro original. Depois veio "Jackie Brown", "Kill Bill” (a famosa "sátira" aos filmes orientais), "a prova de morte", "Bastardos Inglórios" e agora "Django Livre".
O filme aborda a história de Django(Jamie Foxx excelente no papel, que segundo Tarantino, era para ser de Will Smith, que o recusou para poder atuar em "After Earth"), um escravo que é "comprado" por um dentista/caçador de recompensas Dr. King Shultz (o sempre ótimo Christopher Waltz, repetindo sua parceria com Tarantino, que lhe rendeu seu Oscar de melhor ator, e neste ano também foi indicado por Django). Ele lhe promove a seguinte proposta: se ele ajudar a capturar os irmãos Brittle, ele não só terá sua liberdade, como também poderá salvar sua esposa (Kerry Washington de "destinos ligados") que está em algum lugar como escrava. No meio da jornada, Tarantino demonstra o que sabe de melhor: tiros e brigas com muito sangue jorrando, humor negro de primeira e referência aos filmes clássicos de faroeste.
   Ao decorrer do filme somos brindados com várias participações especiais como a de Don Johnson, Jonah Hill(o gordinho de "Superbad é hoje", rouba a cena com um alivio cômico). Mas quem brilha no filme e rouba a cena é Leonardo DiCaprio (novamente injustiçado no Oscar), na qual interpreta o primeiro vilão de sua carreira. Batizado como Calvin Candie é o dono da Candyland (lugar onde os escravos são postos para lutarem entre si, como "gladiadores"). Depois do fiasco de "J. Edgar", DiCaprio se recompõe e nos faz sentir ódio em determinados momentos do filme, junto com o seu "babá" interpretado por Samuel L.Jackson, fazem de tudo para acabarem com os planos de Django e Shultz.
  
Na parte de direção do filme, está excelente, como qualquer outro filme do Tarantino. Mas nós sentimos a diferença na parte da montagem do filme, pois sua grande amiga Sally Field, cujo este era seu serviço em todos os outros filmes dele, veio a falecer logo após o lançamento de "bastardos inglórios". Já na trilha sonora ouvimos uma grande homenagem ao rei do soul James Brown (na cena da revolta de Django, perto do desfecho do filme). Mas o filme tem seus pontos críticos também, pois ele aborda o quão os brancos eram racistas, seja no modo de tratar os escravos em suas atitudes e diálogos. Vale destaque e atenção para o jogo de câmera que é feito quando Candie nos é apresentado, pois a câmera da um close em seu rosto (apontando o sarcasmo do personagem em si), cena na qual se repete mais de uma vez.
   Dificilmente o filme conseguirá conquistar algum Oscar, pois o enredo não deve ter agradado o suficiente os votantes da academia, talvez Tarantino leve seu segundo Oscar de roteiro, mas acho difícil que consiga. Recomendo.

CRÍTICA - O LADO BOM DA VIDA

Há cerca de cinco anos atrás me recordo de ir ao cinema assistir ao filme "Sim Senhor" com Jim Carrey, e no filme, na época alguns só conheciam somente a atriz que fazia sua namorada no filme, a estrela do seriado da Fox "New Girl" (que no Brasil não faz muito sucesso) Zooey Deschanel. E no papel de seu melhor amigo, estava um ator que 6 meses depois deste faria uma das comédias mais rentáveis de todos os tempos "se beber não case!"(no qual rendeu outras duas sequencias). Seu nome é Bradley Cooper.
    
No filme em sua melhor atuação na carreira, ele faz o papel de Pat, um escritor que sofreu de um surto após de pegar sua mulher no chuveiro com outro, e consequentemente fica 4 anos em uma clinica, sempre sendo otimista a cada dia que passava. Quando sai volta para casa de seus pais (o sempre ótimo Robert De Niro, repetindo sua parceria do excelente "sem limites" e Jacki Weaver). Um dia em suas caminhadas encontra um velho amigo que o convida para um jantar, no qual conhece Tiffany(Jennifer Lawrence de "jogos vorazes", também indicada), cunhada de seu amigo, recém viúva, que sofre, de digamos, os mesmos problemas mentais de Pat... Enfim o resto vocês já devem saber, mero "clichê romântico de Hollywood", é ai que ta, ATÉ QUE NÃO! No meio das saídas dos amigos ocorrem varias brigas e discussões entre Pat e os coadjuvantes do filme (destaque para a briga entre ele e seu Pai e dele com Tiffany em seu "jantar" na cafeteria).
        O diretor David O.Russel, no qual dirigiu o excelente "o vencedor"(no qual iria repetir sua parceria com o ator Mark Wahlberg nesse, mas devido a uma briga entre os dois, Bradley o substituiu), que também lhe redeu duas indicações ao Oscar, brilha, pois sabe fazer um ótimo jogo de câmeras nas cenas das discussões, na cena da apresentação de dança (um pequeno detalhe, antes da dança de Pat e Tiffany, um dos casais está dançando uma música em MPB, isso mostra que o Brasil vem ganhando força em Hollywood, um mero exemplo é a Carmen Miranda no recente "caça aos gângsteres").
       
        Após nos últimos anos o Oscar ser entregue para as grandes Merl Streep, Natalie Portman, Catarine Zeta Jones, esse é sem duvidas o ano de Jennifer Lawrence. Descoberta em "o inverno da alma” (papel que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar) e estrela das novas franquias de sucesso "X-men primeira classe" e "Jogos vorazes", a atriz brilha em seu papel, em uma mulher que muda da água pro vinho, repentinamente. Já o veterano Robert De Niro, também brilha, mas tem um forte concorrente que é Tommy Lee Jones, que tem as previsões divididas. No papel do Pai de Pat, ele vive um homem obcecado por apostas de jogos de futebol americano (o que sugere que seu filho tenha herdado seus problemas mentais). Há também a participação do sumido Chris Tucker da franquia "a hora do rush", que rouba a cena quando aparece, como um amigo da clinica de Pat.
        O filme vem levantando um sucesso inesperado no Brasil e por onde passa ganha admiradores. Mas esse tende a ser a "zebrinha" do Oscar desse ano. E se levar outra estatueta além de atriz para Jennifer, levará a de roteiro adaptado (pois é inspirado em um livro escrito por Metthew Quick). Recomendo.

Bem vindos

Olá, bem vindos a mais um de varios portais sobre cinema. Depois de grande número de pedidos estou começando um blog sobre criticas de filmes. Como agora não tenho tempo de ir com tanta frequencia ao cinema ou de assistir filmes, irei postando assim que vou assistindo, mas não é garantia que irei postar de todos os filmes em cartaz, no prazo atual de exibição. Um bom ano e divertimento a todos.