terça-feira, 30 de dezembro de 2014

QUERO MATAR MEU CHEFE 2


Depois de no meio de tantas sequencias exaustivas e repetitivas, "Quero Matar Meu Chefe 2" segue a mesma linha de "Anjos da Lei 2", ao invés de "Se Beber Não Case! Parte 2". Já que a história ainda resgata algumas piadas do primeiro (afinal, os caracteres são os mesmos), só que a premissa chega ser completamente diferente do original. Depois de tentarem matar os seus chefes no primeiro, "Os Três Patetas do século 21", Nick (Jason Baterman, de "Uma Ladra Sem Limites"), Kurt (Jason Sudeikis, de 'Uma Família do Bagulho") e Dale (Charlie Day, de "Circulo de Fogo") tentam abrir a própria companhia, através da criação de um chuveiro que despeja shampoo sozinho. Depois de uma desastrosa apresentação em um programa de televisão matinal, o trio recebe a ligação do poderoso empresário Bert (Christoph Waltz, de "Django Livre"), que promete bancar os custos da companhia. Só que no dia da entrega da mercadoria, ele acaba tapeando o trio, fazendo-os entrarem em um enorme desespero. Até que eles tem a ideia de sequestrar o mimado filho de Bert, Rex (Chris Pine, de "Star Trek: Além da Escuridão"). Novamente recorrendo a Mother-Fuck Jones (Jamie Foxx, de "O Espetacular Homem-Aranha 2"), que mais serve para tapeá-los ao invés de ajudar, eles começam a erguer o plano.


O roteiro feito por John Morris e Sean Anders (que também assina a direção, e pasmem: a dupla foi roteirista do recente "Debi e Lóide 2"!), consegue ser tão engraçado como o primeiro filme. Só que levou a produção a ter bem mais sequencias de humor pastelão que o primeiro, onde a qualidade do humor fica bem dividida, pois os espectadores mais "cabeça" sempre detestam, enquanto os descontraídos sempre.


Se antes tínhamos apenas o trio principal como a grande chacota da produção, agora temos os personagens de Pine e a volta da dentista ninfomaníaca vivida por Jennifer Aniston, que tem bons momentos na produção e rendem bastante risos (a sequencia do grupo de ajuda para pervertidos sexuais, é uma das melhores da produção). Já quem ganhou mais tempo em tela foi Mother-Fucker Jones, que chega a roubar a cena em grande parte dos momentos em que aparece, assim como Kevin Spacey, que tem uma breve sequencia que é realmente muito engraçada. Enfim, como passatempo e entretenimento descompromissado, "Quero Matar Meu Chefe 2" cumpre o que promete. Recomendo!

Nota: 8,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet.

A ENTREVISTA


Depois de diversas polêmicas envolvendo os estúdios da Sony Pictures e o governo da Coreia do Norte e do Presidente Barack Obama, finalmente "soltaram" a publico "A Entrevista". A trama tem como principal premissa o assassinato do presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-Un. Os remetentes para o trabalho são o famoso apresentador Skylar (James Franco, de "É O Fim") e seu produtor Aaron (Seth Rogen, de "Vizinhos"). Só que desde a primeira cena, já notamos o quanto os dois personagens são tapados para a função ,pois eles possuem a personalidade de dois adolescentes, pois vivem uma vida de brincadeiras e festas, atrás dos holofotes. Quanto ao programa deles, o principal foco é mostrar os maiores segredos das celebridades, que revela um Eminem saindo do armário até por um Rob Lowe calvo. Até que Aaron reencontra um colega de faculdade que lhe mostra que as entrevistas com personalidades políticas e importantes são ótimas para o amadurecimento de suas carreiras. É então que Skylar tem a ideia de entrevistar Kim Jong-Un (que é fã do seu programa e de "The Big Bang Theory"). Então ao se preparar para viajar para o local, a dupla é surpreendida por dois agentes da CIA, que lhes ordenam que devem assassinar Kim ao realizarem a entrevista.


Honestamente, a trama procura realizar diversas piadas obscenas e de humor pastelão extremo para esconder a critica política que o enredo carrega. Afinal, é mais "importante" para o enredo vermos Rogen colocar um pacote da CIA no anus, ao invés da forma de como ele foi produzido e enviado ao local. "A Entrevista" é trata-se exatamente disso, pois é uma comédia que esconde fatos por meio do humor obsceno. Piadas sobre genitálias e sexo são as que mais acontecem durante a película. Os efeitos visuais são de segunda linha (é notável que o palácio de Kim é feito por CGI), assim como as explosões e outros afins soam muito artificiais.


No final das contas eu não achei uma produção digna de tamanha repercussão, pela qual vem sido apresentada. Afinal de contas, uma película que tem como piada principal dois caras tapados achando que são os melhores, já é motivo suficiente para sacar tamanha chacota e não deve ser levada em hipótese alguma da forma que vem sido tratada (como uma advertência para uma 3ª Guerra Mundial).

Nota: 6,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

AS DUAS FACES DE JANEIRO


Um dos fatores que sempre ajudaram o turismo mundial, é sem dúvidas o cinema. Las Vegas, Nova York, Paris e até mesmo o Rio de Janeiro, se tornaram um dos pontos mais populares do mundo com uma ajuda deste ramo. Seguindo essa "desculpa" "As Duas Faces de Janeiro", procura mostrar mais os pontos turísticos da Grécia, para compensar as péssimas atuações do trio principal Viggo Mortensen, Kirsten Dunst e Oscar Isaac. Os dois primeiros vivem casal Chester e Colette MacFarland, que para fugir da prisão por seus golpes na bolsa de valores, ele vai com a esposa para a Grécia viver umas "férias improvisadas". Não dominando o idioma eles se encostam no jovem Rydal (Isaac), que não só serve como interprete dos dois, mas também como guia turístico. Ao voltar para seu quarto no hotel, Chester acaba recebendo a visita de um de agente que está com um mandado de prisão. Mas após uma luta, acidentalmente ele o mata. Só que Rydal nota que Colette esqueceu o presente que ganhara dele no passeio que se conheceram, então resolve voltar ao hotel para devolve-lo. Só que ao chegar lá, ele acidentalmente tem um breve envolvimento na morte do agente (já que ele ajuda Chester a ocultar o cadáver), fazendo o trio viajar pela Grécia tentando escapar da prisão.


A produção tem apenas 90 minutos de projeção, e graças a restrita duração ela não consegue decolar. Em momento algum chegamos a torcer para algum personagem, muito menos ter algum interesse pelas confusões que são criadas em tela (algumas são completamente desnecessárias). Outro ponto, foi o fato da namorada de Rydal praticamente sumir da narrativa, pois ela aparece em alguns momentos no começo e a produção acaba e não sabemos mais nada sobre o que aconteceu com ela. Sua atuação na produção é a única que tenta de fato criar algum mistério, mas nem isso é convincente. Seus colegas de cena Dunst e Mortesen, já demonstram desde a sequencia inicial que não tem química nenhuma.

O diretor estreante Hossein Amini, foi responsável pelos roteiros dos ótimos "Drive" e "Branca de Neve e o Caçador". Aqui ele adapta o livro da escritora Patricia Highsmith (responsável pelos livros da série do farsante Tom Ripley, de "O Talentoso Ripley") tenta esconder esses descuidos do seu roteiro e direção, desviando a atenção do público mais desatento para paisagem da Grécia antiga. Além do fato de quase toda narrativa acabar soando como uma péssima produção francesa, graças a fotografia extremamente depressiva e a trilha sonora de que nada acrescenta. Sem dúvidas, "As Duas Faces de Janeiro" já consegue entrar fácil para a lista dos piores filmes do ano! Fuja.

Nota: 2,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 13 de dezembro de 2014

HOMENS, MULHERES E FILHOS


Já não é novidade que a população mundial é vitima de uma nova droga chamada "tecnologia". Hoje é normal esbarrar com uma pessoa em qualquer rua mexendo no seu Smartphone ou Tablet. A comunicação verbal e pessoal vem ficando cada vez mais restrita, pois é possível você definir o perfil de uma pessoa simplesmente acessando a sua conta em algum site de relacionamentos. Seguindo essa premissa, o diretor e roteirista Jason Reitman (de "Juno" e "Amor Sem Escalas") realizou a adaptação do livro de Chad Kultgen, "Homens, Mulheres e Filhos". Quebrando um pouco o seu estilo, ele trata a história de várias pessoas que se interligam de alguma forma através ou por causa dos meios de comunicação sitados. 


No principio vemos o Pai de família Don (Adam Sandler, de "Juntos e Misturados") enfrentando problemas no casamento com Helen (Rosemarie DeWitt), o que o faz optar por acessar frequentemente sites pornográficos no computador de seu filho (já que ele destruirá o próprio por causa disso). Este herdou a mania do Pai deste os 10 anos, e atualmente com 15, não consegue ter prazer com outra coisa a não ser com videos eróticos. O que dificulta o seu pseudo-relacionamento com a líder de a bela torcida Hannah (Olivia Crocicchia). Enquanto isso, ela tenta conquistar o sonho de ser famosa através de várias fotos sensuais tiradas pela sua própria mãe (Judy Greer, de "Carrie - A Estranha"), que são postadas em um web site que é focado somente nelas. Esta possui o habito de frequentar as reuniões dos pais super-protetores dos filhos no mundo virtual, que são lideradas por Patricia (Jennifer Gardner, de "Elektra"), cuja filha Brandy (Kaitlyn Devernão consegue em nenhum momento ter uma vida virtual/social tranquila. Muito menos quando ela se apaixona pelo acanhado Tim (Ansel Elgort, de "A Culpa é das Estrelas"), cujo os melhores amigos são os virtuais, já que os reais os abandonaram por causa de um conflito no time de futebol de sua escola. E por último temos a jovem Allison (Elena Kampouris), que enfrenta sérios problemas de anorexia e tenta ao mesmo tempo conquista o seu colega de classe, carrasco Brandon (Will Peltz).


No principio observamos que Reitman aborda seus personagens como enormes viciados em tecnologia. Em qualquer momento da produção, notamos que pelo menos algum personagem está utilizando algum meio de comunicação. Seja para comentar opiniões de caracteres em off ou até mesmo para conhecer pessoas em sites de relacionamentos. Denotamos também que o casal vivido por Elgort e e Dever (foto acima) é o único do filme que se conhece fora destas, mesmo sendo jovens e vitimas deste universo. Nos créditos iniciais ele demonstra o inicio da viagem da sonda espacial Voyager, que ao ser lançada em 1977, transportava um "disco de ouro" inquebrável que levava sons e características de nosso planeta, para que outros seres da galaxia soubessem da nossa existência. Na metade da produção somos alertados que o mesmo já está a milhares de anos da terra, fazendo esta ficar cada vez mais pequena e restrita (simbolizando assim o comportamento de nossa sociedade atual).

Por mais que "Homens, Mulheres e Filhos" tenha apresentado uma proposta extremamente critica a real situação do ser humano sempre carregando o dilema de que "toda ação, tem uma reação", ela não foi muito mais além do que o trailer demonstrou que iria. Mas não deixa de ser uma boa pedida para quem gosta de uma produção diferenciada e um tanto que original. RECOMENDO.

NOTA: 8,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 6 de dezembro de 2014

DEBI E LÓIDE 2


Já não é de hoje que muitos sucessos dos anos 90 estão ganhando sequencias, para tentar renascer algo que foi bastante lucrativo no passado. Nos últimos anos foram "relançados" (já que eles funcionam mais como uma releitura de sua película original) sucessos como "American Pie", "Pânico", e agora depois de 20 anos, "Debi e Lóide". O original foi um sucesso inesperado em 1994 e alavancou a carreira de Jim Carrey (que também lançou neste ano "Ace Ventura" e "O Maskara"), pois ele demonstrou seu enorme talento humorístico com suas diversas caras e bocas. Quanto a Jeff Daniels, ele não trabalhou mais em outras produções do estilo e focou mais em dramas independentes, sendo que recentemente ele ganhou um Emmy pela série "The Newsroom" onde atua como protagonista. Assim como os títulos mencionados no inicio do texto, "Debi e Lóide 2" tenta apostar em uma verdadeira releitura do primeiro, pelo qual ele esquece completamente preludio lançado em 2003 (que tinha um elenco completamente diferente).


A historia honestamente não é importante, já que ela é narrada como se fosse varias "esquetes" estreladas pela dupla. A piada inicial já trata de brincar com a demora na sequência, pois vemos Debi (Daniels) visitando Lóide (Carrey) em uma clínica, onde ele permaneceu por 20 anos. Então ao revelar que tudo foi uma brincadeira, Debi revela ao amigo que esta enfrentando um problema de rim e precisa de um doador o mais rápido possível. A dupla resolve então visitar os "pais" deste, que fica abismado ao descobrir que foi adotado. Mas ao receber uma leva de cartas antigas, nota que uma trata-se da existência de sua filha com uma antiga ficante (Kathleen Turner). Cientes da situação, eles resolvem ir atrás da mesma, para Debi conseguir o rim e Lóide conquistar o coração de sua nova paixão.


O que mais me chamou atenção nesta continuação foi o enorme entrosamento de Carrey e Daniels, pois a química da dupla é tão boa que realmente parecem que eles sempre foram melhores amigos. Como é de costume, as caretas do primeiro estão presentes (com um destaque pra cena do cachorro quente), onde quem não gosta do gênero e do estilo vai odiar deste o princípio. Apesar disso, o roteiro que passou pelas mãos de seis roteiristas (incluindo Sean Anders do recente "Quero Matar Meu Chefe 2", outra ótima comédia e sequência), procura "homenagear" o primeiro filme revisando algumas piadas e personagens (dando direito a algumas músicas de seu primórdio) que funcionam graças ao desempenho dos atores. Lembrando que há cerca de dez anos a atriz Laurie Holden (que faz a vilã) fez par amoroso com Carrey em "Cine Magestic", e agora exerce um papel completamente distorcido, que nos faz sentir raiva da mesma em certos momentos.

"Debi e Lóide 2" não ira agradar a todos, pois foi feito para agradar mais aos fãs do original e de Jim Carrey (que estrelou a segunda sequência agora). Se você não gosta de nenhum dos dois evite, caso o contrario assista e divirta-se.

Obs: Depois dos créditos finais, há uma breve cena com um personagem do primeiro filme.

NOTA: 7,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet