domingo, 15 de março de 2015

BOB ESPONJA: UM HERÓI FORA D'ÁGUA


Já não é novidade que "Bob Esponja" já virou um ícone na cultura pop e atual há um bom tempo. Lançada no final dos anos 90, a animação passava no "extinto" canal Nickelodeon e nas manhãs da mais extinta ainda "Tv Globinho". O enorme sucesso, rendeu um divertido longa metragem em 2004. Agora quase dez anos depois, surgiu essa sequencia batizada como "Bob Esponja: Um Herói Fora D'Agua", e já deixarei bem claro que essa tentativa de "renascer" a animação soou bastante artificial e cansada. A começa pelo fato de colocarem Antonio Banderas ("Os Mercenários 3"), vivendo um pirata que soa bastante com o Jack Sparrow. Sua atuação ta tão ridícula aqui, que nem as tipicas "musicas de fundo" salvam ele da beira do fracasso.


A "desculpa" para envolve-lo com Bob Esponja e seus amigos, foi o fato dele ter roubado a receita secreta do Hambúrguer de Siri e usufrui-la  em terra. Ao saberem disso, Bob, Patrick, Seu Sirigueijo, Lula Molusco e Sandy, partem em busca do mesmo em terra. Agora você deve estar pensando que toda a produção é da forma como indica o poster? Errado, pois a película possui bastante cenas animadas e essa parte sobrou somente para os 20 minutos finais, que para uma produção de 1h30 soa como uma verdadeira enganação. Eu admito que sou fã da animação e esperava que seria bem mais divertida e legal, pois as outras 1h10 o filme é em desenho animado. Nesse caso, nem o 3D ajudou a melhorar a qualidade da animação (e ao meu ver, haviam ótimas oportunidades para ser utilizado). Para agradarem o público adulto (pois afinal de contas eles estarão lá com os pequenos para ver a animação), eles apostaram em umas rápidas referencias a "Número 23" e a outros filmes conhecidos e funcionam. O que funciona também são algumas tiradas rápidas envolvendo Bob e os outros personagens da "Fenda do Biquíni". Além do fato da divertida sequencia onde este e Plankton viajam pelo tempo, em busca de resgatar a formula do Hambúrguer de Siri. Já que todos os personagens centrais da mesma, não demonstram possuir uma inteligencia valida e as burrices que eles cometem acabam sendo engraçadas (meu, eles iniciaram uma guerra por causa da falta de um Hambúrguer!).


"Bob Esponja: Um Herói Fora D'Agua" é mais uma daquelas animações que tinha de tudo pra dar certo em seu retorno as telonas. Mas infelizmente ele termina com aquela sensação de verdadeiro "vazio", pois eu como fã esperava muito mais vindo do "Bob Esponja Calça Quadrada"! Mas não tenho duvidas de que a criançada vai se divertir, pois a produção foi voltada para elas ao invés dos fãs.

NOTA: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

PARA SEMPRE ALICE


Já não é novidade pra ninguém que Julianne Moore ("Amor a Toda Prova"), é um dos maiores nomes do cinema. Ela já interpretou tantos caracteres distintos que se eu entrar em detalhes aqui, não vou sair tão cedo. Mas como toda boa atriz, obviamente que ela já teria um Oscar em sua prateleira. Só que ela foi receber somente na última edição do mesmo, depois de outras quatro indicações anteriores ("Boogie Nights", "Fim de Caso", "As Horas" e "Longe do Paraíso"), finalmente ela encontrou o filme que lhe renderia o verdadeiro reconhecimento: "Para Sempre Alice". Em relação a todas essas peliculas pelas quais ela foi indicada, digamos que essa foi a mais audaciosa. Afinal de contas, não é qualquer ator que consegue interpretar uma personagem com doença de Alzheimer em progresso, da forma que ela fez. Sua personagem, Alice, é uma verdadeira mulher de família e uma renomada professora de linguística em uma universidade. Tem um ótimo relacionamento com o marido John (Alec Baldwin, de "Blue Jasmine") que se é atencioso e apaixonado por ela, e com os seus filhos Tom (Hunter Parrish, que já fez o filho de Baldwin em "Simplesmente Complicado"), Anna (Kate Bosworth, de "Superman O Retorno") e Lydia (Kristen Stewart, a Bella de "Crepúsculo").


O roteiro e a direção de Richard Glatzer (que faleceu no último 11 de março, em decorrência da mesma doença do físico Stephen Hawking), procurou focar na perspectiva de Alice de uma certa forma, que nós acabamos vivendo e entrando na consciência dela durante toda a projeção. O tempo todo vemos como se degenera uma pessoa que possui a doença, no caso desta, tivemos como base a gestação de sua filha Lydia (que é parecidíssima com Moore). Durante os nove meses vemos a velocidade pelo qual a doença vai evoluindo, e a cada momento fica mais claro ainda a qualidade que a atriz Julianne Moore possui em papeis no gênero. O que pode se dizer de Baldwin, que vive o seu marido na trama e que apresenta uma ótima química com esta. Agora o fato que mais me chamou atenção e qualquer pessoa com "bom senso" vai notar, é a ironia com a personagem da Kristen Stewart aqui. Sua personagem é uma adolescente que está encaminhando para a fase adulta e que tenta seguir o seu sonho em ser uma "ótima atriz" de teatro. A ironia está no fato de que o tempo todo ela fica com aqueles olhares e expressões pálidas o tempo todo no filme (apesar de sua personagem não exigir muito, ao menos em uma discussão na mesa de jantar, ela poderia ter tido os seus "5 minutos de fama").


"Para Sempre Alice" infelizmente foi um dos maiores erros do Oscar, pois ao meu ver ele deveria ter figurado em mais categorias, como Melhor Filme e Direção, pois afinal de contas, o diretor possuía uma doença degenerativa (e contou com a ajuda de seu marido e parceiro constante de direção Wash Westmoreland, para concluir o mesmo) e mesmo assim conseguiu realizar uma obra tão cativante e emocionante e principalmente: uma atuação memorável para Julianne Moore. RECOMENDO!

Venceu no Oscar: Melhor Atriz - Julianne Moore

NOTA: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 12 de março de 2015

KINGSMAN: SERVIÇO SECRETO


Já não é novidade que quando se houve no nome de Matthew Vaughn, em relação a adaptação de histórias em quadrinhos é sinal de qualidade. Sua primeira foi há cinco anos, com a divertida história de "Kick-Ass". No ano seguinte ele nos trouxe o melhor filme da franquia dos mutantes, que era "X-Men: Primeira Classe". Agora eles nos brinda com o retorno de sua parceria com o quadrinista do primeiro, Mark Millar em "Kingsman - Serviço Secreto". Honestamente já posso afirmar com toda certeza, de que este já conseguiu figurar entre os melhores do ano (mesmo com diversas produções que ainda prometem serem ótimas). Sua narrativa, onde ele realiza praticamente uma verdadeira "carta de amor para James Bond", Vaughn aposta no sarcasmo e na narrativa do "imprevisto" para agradar o espectador. E ele conseguiu! Para se ter uma noção da tamanha homenagem, o coadjuvante vivido por Colin Firth (vencedor do Oscar, por "O Discurso do Rei"), chega a utilizar o mesmo terno que o 007 de Sean Connery em uma sequencia (foto abaixo), além de discutir sobre o clichê do gênero com o vilão vivido por Samuel L. Jackson ("Os Vingadores").


A história trata-se de uma agencia de espionagem, chamada Kingsman. E tem inicio quando um velho amigo do agente Harry "Galahad" Hart (Firth), morre em uma missão. Passando alguns anos depois, ele acaba recrutando Gary Eggsy (o novato Taton Egerton), filho deste para substitui-lo como o novo "Kingsman" na equipe. Só que para ingressar na mesma, ele terá te passar por um rigoroso treinamento liderado por Merlin (Mark Strong, de "Jogo da Imitação"), onde somete o último dos candidatos receberá o titulo de Kingsman. Ao mesmo tempo em que o poderoso magnata Valentine (Samuel L. Jackson) planeja um enorme plano para dominar o mundo. A história soa bastante "clichê", pois a premissa da produção é na verdade satirizar todas as possíveis situações que ocorrem no estilo dos filmes de espionagem. Aqui vemos o agente vivido por Firth como um verdadeiro "monge a prova de balas", pois apenas com seu guarda chuva, ele consegue deixar no chão uma gangue inteira. Um destaque para a sequencia da igreja, onde o mesmo combate diversos fiéis de uma forma inacreditavelmente violenta, e que faz o "Kill Bill" de Tarantino morrer de ciumes. Este que Vaugh procura ter como referencia em sua produção em alguns arcos, como nesta própria sequencia mencionada. Ele não parou a câmera durante nenhum segundo e lotou o arco de situações e diversas mortes inusitadas, juntamente com uma divertida trilha sonora, onde acabou resultando em uma sequencia muito divertida (e é sério isso!). Como nos filmes de Quentin Tarantino, a violência aqui foi tão bem executada e pautada que ela acaba se tornando divertida de uma certa forma.


Foi interessante também ele aplicado algumas referencias em diálogos a outras produções famosas como "Agente 86", "Uma Linda Mulher" e "My Fair Lady". Voltando ao elenco, gostei dele ter convidado para uma participação no inicio do filme Mark Hamill (o Luke Skywalker, da clássica trilogia de "Star Wars"), que há tempos não participava de uma grande produção. Interessante foi o fato de Mark Strong não estar fazendo o papel de vilão e ser uma pessoa "boa" (apesar de mim ficado com um pé atrás das suas intenções durante o filme todo), e ver Michael Caine no papel do chefe da organização. Agora quem brilhou mesmo foi Samuel L. Jackson, que vive o vilão. Ele criou um personagem tão divertido e com tantas manias (como a língua presa e o nojo por sangue), que chega a ser divertido vê-lo em cena. Já o novato Egerton apresenta mais uma atuação do famoso estilo "amadurecimento". No inicio vemos ele como um adolescente rebelde, que aos poucos vai realmente percebendo a importância de suas atitudes. E ele executa isso de uma excelente forma (não vou entrar em detalhes, mas nos últimos 30 minutos de projeção fica clara essa minha afirmação).

Bom, não quero entrar mais em detalhes a respeito dessa verdadeira obra de arte do cinema. Mas já vou afirmando que "Kingsman: Serviço Secreto" conseguiu sem hipótese de duvidas, ser uma das melhores produções do gênero já feitas pelo cinema e sem duvidas do ano de 2015. Com absoluta certeza, ela constará na minha lista de cinco melhores do ano! RECOMENDO!

NOTA: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

SUPERPAI


Já não é novidade que o canal do YouTube "Portas dos Fundos" é um sucesso. Apesar de terem alguns videos realmente engraçados e outros nem tanto, o grupo consegue divertir qualquer pessoa. O mesmo pode-se dizer do grupo do "CQC - Custe o Que Custar", exibido as segundas na Band. Agora algum gênio resolveu juntar os dois na nova comédia nacional "Superpai", e já deixarei  bem claro que essa não é nem um pouco "uma comédia para crianças". Logo na primeira cena vemos o filho do casal Diogo (Dalton Mello, de "O Concurso") e Mariana (Monica Iozzi, uma das "ex-CQC"), brincando de aviãozinho com o vibrador desta, e ao ver a situação ela coloca o mesmo na geladeira (comprovando assim o que eu acabei de falar). Após isto vemos diversas mancadas que Diogo realiza com o filho das mais doidas formas, ao mesmo tempo que seu casamento vai enfrentando uma enorme crise. Só que na grande noite do reencontro da turma do colegial deste, onde ele finalmente irá transar com uma antiga paixão do colégio, sua sogra sofre um acidente e faz Mariana ficar com ela a a noite toda no hospital, restando para Diogo cuidar da criança. Só que irresponsável como ele é, ele tenta de todas as formas um local para deixar a criança. Então ele encontra uma creche noturna extremamente "sinistra" a deixando lá e partindo pra farra. Só que ao dar o horário de busca-la, ele acaba pegando a criança errada! E chinesa ainda!


Então é dada a largada para inúmeras referencias a comédias estadunidenses de sucesso, como "Se Beber Não Case!" e "Quero Matar Meu Chefe". Mas ainda sim a comédia funciona como um descompromissado passatempo, pois a produção diverte em diversos momentos. Como nos diálogos da ninfomaníaca Julia (Dani Calabresa, outra "Ex-CQC") e César (Antonio Tabet, do canal "Porta dos Fundos") sobre sexo. Mas mancadas do "pai do ano" vivido por Mello (que ta melhor aqui, do que em "O Concurso") com o filho e o garoto chinês em alguns momentos, chegam a incomodar e causam a impressão de que ele é um "verdadeiro filha da puta", ao invés de um antagonista. A interação do Quarteto Fantástico com o garotinho chinês Jaspion (nome que eles o batizam, apesar de não entenderem nada o que ele fala), também é divertida.

A direção de Pedro Amorim (do ótimo "Mato Sem Cachorro"), consegue desviar um pouco dos padrões nacionais e partir mais para o estilo estadunidense, pois "Superpai" é completamente discreto nas propagandas de produtos (fato que se tornou chato em filmes nacionais), mas exagera na questão das piadas escatológicas jogadas em tela (me desculpem, mas eu acho elas divertidas até certo ponto), onde foram improvisadas brevemente pelos atores (algo bem difícil de se fazer em cinema). Ele ainda arrumou tempo para colocar em algumas sequencias os apresentadores Rafinha Bastos e Danilo Gentili (em pontas que poderiam ser melhor exploradas).


O roteiro acertou em jogar algumas criticas sobre o que acontece com a sociedade atual (principalmente a brasileira), como o fato de alguém ser preso mesmo ainda reagindo por bem ou em legitima defesa. Ou até mesmo as famosas "periguetes", que namoram "nerds tapados" por causa de seu dinheiro e não por amor (apesar da sequencia que mostra isso, soar como um filme do Adam Sandler). Só que ele acaba esquecendo de concluir de uma forma melhor a produção, pois ela termina com alguns pontos meio que em aberto ainda (só que ao meu ver, não para uma sequencia). "Superpai" acaba sendo uma comédia feita apenas para que gosta do humor de "Porta dos Fundos" e da trupe do "CQC". Se você não gosta de nenhum dos dois, evite o máximo que puder.

NOTA: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 6 de março de 2015

ARTIGO: A RELAÇÃO ENTRE OS SUPER-HERÓIS E O CINEMA



 Com o lançamento do trailer de "Vingadores: A Era de Ultron" e com a recente vitória de "Birdman ou A Inesperada Virtude da Ignorância" com o Oscar de Melhor Filme neste ano, resolvi comentar um pouco mais a respeito o que realmente tornam produções inspiradas em histórias em quadrinhos de super-heróis tão lucrativas, ou melhor, especiais ao ponto de vista do público e das distribuidoras. 


Começo a partir do ponto da época onde surgiram essas histórias: no período da primeira Guerra Mundial. Os escritores dessas histórias faziam parte das pessoas que se tornaram vitimas das violência e das barbarias cometidas pelos exércitos mundiais, em prol de poder e outros afins. Como uma forma de "rebeldia" eles acaram criando ícones que representavam o "revolta do cidadão" contra esses opressores e seus exércitos de extermínio. Um clássico exemplo foi quando Stan Lee criou o Capitão América, pois sua primeira edição já trazia o heróis socando a cara de ninguém menos que Adolf Hitler (não me perguntem, pois não sei como este não se revoltou Stan). Sucessivamente foram sendo criados os outros diversos como os X-Men, Quarteto Fantástico, Hulk e etc. A cada evento guerrilheiro que marcava o universo, era meio que "criado" algum herói diferente desde então. Como também ocorreu com o famoso Homem de Ferro, que como algumas pessoas não sabem é que em sua verdadeira origem, víamos o herói criando sua armadura na Guerra do Vietnã (e não no Afeganistão, como visto na adaptação cinematográfica de 2008).

Como a tecnologia vai avançando e a nova geração vai se deixando levar cada vez mais pelas novas manias que vão aparecendo, as mesmas foram deixando de ler gibis de heróis por "N motivos" como o alto custo das mesmas ou até mesmo a preguiça de ler (algo que vem assolando e muito a população hoje em dia). Cientes disso, tanto a Marvel, quanto a DC, decidiram abrir mão da prioridade de criarem novos heróis e universos e partiram para uma das maiores massas do entretenimento: o cinema. Até meados da década de 90, os mesmos costumaram a serem muito ruins e normalmente acabaram se "perdendo no tempo" (alguém se recorda de um filme do "Quarteto Fantástico" lançado em 1994?). Claro que houveram exceções como os Supermens de Richard Donner e os dois Batmans de Tim Burton. Só que tudo foi ganhando novos rumos, quando alguém chamado Bryan Singer, dirigiu aquela que seria a pioneira dessa "retomada": X-Men: O Filme. A produção não só foi um sucesso, como revelou astros do cinema como Hugh Jackman (Wolverine), Halle Barry (Tempestade) e James Marsden (Ciclope). Dois anos depois, Sam Raimi conseguiu o mesmo feito com o seu "Homem-Aranha", que conseguiu mais fama e glamour do que a agora "saga" dos Mutantes (ou como dizem em "Vingadores: A Era de Ultron": Milagres!).

O que muitos de vocês leitores não sabiam, é que com os atentados de 11 de setembro, os Eua acabaram ficando com medo de atentados de perderem mais entes queridos para as guerras e desgraças que haviam no país (lembrando que o primeiro "Homem-Aranha" teve uma sequencia removida (foto ao lado), graças a este ocorrido). Seguindo a mesma politica na época das guerras mundias, as editoras em quadrinhos decidiram que era a época certa para começar as adaptações de suas histórias em quadrinhos em massa para as telonas. O que quase todos eles tinham em comum, era o fato de eles sempre "salvarem o dia" com seus trajes que sempre enaltecem a bandeira estadunidense (vermelha, azul e branca). Se o mesmo não contava com as cores, pode se ter a certeza de que aparecerá uma bandeira do mesmo brevemente ou até  suas tropas que "aliviam a situação" com "nossos heróis". Em exatos 14 anos surgiram nada mais do que quase 30 diferentes adaptações de heróis, sendo que desses três acabaram sendo reboots de outros já lançados (como "Homem de Aço", "O Espetacular Homem-Aranha" e "Batman Begins"). O resultado foram estrondosas bilheterias, diversas franquias foram erguidas e os produtores encheram cada vez mais seus cofrinhos de dinheiro.

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Vocês devem estar se perguntando agora: "o que o filme do Birdman tem haver com tudo isso?". Então é agora que entra essa parte: da mesma forma que essas produções alavancam a carreira de um ator, ela a acaba fazendo decair repentinamente. Como mostrado nesta produção, o personagem de Michael Keaton viveu o herói Birdman na década de 90 (óbvia referencia ao seu Batman), só que ao negar realizar uma terceira produção do mesmo, ele acabou sendo jogado no "limbo" da fama, além de ficar preso na imagem do herói e não conseguir alavancar mais nenhum sucesso. Na vida real, isso acabou acontecendo com Keaton de fato, e por pura ironia do destino ele acabou alavancado a sua carreira com esse filme, conquistando até uma indicação ao Oscar! Ao contrário do que aconteceu com Robert Downey Jr., atual interprete do famoso "gênio, bilionário, playboy, filantropo", Tony Stark/Homem de Ferro. Sua carreira nas décadas de 80/90 foi repleta de escanda-los com alcóol, drogas e constantes prisões por consequência das mesmas. O ator havia caído no ostracismo e estava na pior em Hollywood. Só que tudo mudou quando foi contratado para viver Stark na primeira empreitada da Marvel Studios nos cinemas, pelo o qual iria abrir caminho para o até então "inimaginável" adaptação de "Os Vingadores".

Mas apesar do sucesso e ter se tornado a terceira maior bilheteria de todos os tempos, depois de "Avatar" e "Titanic", adaptação aparentemente foi ótima em todos os aspectos. Só que ninguém mais conseguiu desligar a imagem de nenhum de seus atores em outras produções. Eles sempre serão "o cara que viveu o Hulk", "a mulher que viveu a Viuva Negra" e por ai vai. Claro, eles continuarão fazendo outras produções de diversos gêneros, só que se o mesmo anteriormente não conseguiu alcançar algum status ou carisma com o público (como ocorreu com Jim Carrey ao viver o Charada em "Batman Eternamente" e Nicolas Cage e seu "Motoqueiro Fantasma"), dificilmente ele conseguirá ser convincente em outro papel e poderá até afundar sua carreira. Um que por incrível que pareça está conseguindo é Christian Bale, que viveu Batman na ótima trilogia dirigida por Christopher Nolan. Eles não só conseguiu distanciar a produção de uma tipica "produção de super-herói", para focar em uma ótima critica política com toques sombrios e realistas, como também fizeram a Academia do Oscar fazer a raridade de dar um Oscar póstumo de melhor ator coadjuvante para Health Ledger que viveu o vilão Coringa (que se tornou um dos mais celebres, memoráveis e respeitáveis da história do cinema).

Essa é uma discussão que se eu ficar argumentando todos os mínimos detalhes de todos os ocorridos e acontecimentos, vejo que todos nós não sairemos daqui tão cedo. Então deixe seus comentários a respeito do assunto e bora iniciar uma discussão a respeito do assunto!

terça-feira, 3 de março de 2015

DE VOLTA PARA O FUTURO


Quase todo mundo que é fã de cinema e cresceu nas décadas de 80 e 90 deve ter ouvido falar pelo menos uma vez, do clássico "De Volta Para O Futuro". Com a ótima oportunidade que a rede Cinemark vem promovendo no Brasil e no restante do mundo, onde clássicos do cinema são reexibidos em uma ótima qualidade nas telonas, não pude deixar de conferir essa divertida produção de Steven Spielberg e Robert Zemeckis (que estava praticamente estreando nos cinemas como roteirista, produtor e diretor). A trama todo mundo já conhece, mas vou recapitular pra quem não se lembra ou não viu ainda (o que acho um pouco difícil, pois repetiam exaustivamente nas sessões da tarde): O jovem Marty McFly (Michael J. Fox) era o único descolado de sua família, composta pelos seus pais (Lea Thompson e Crispin Glover) e três irmãos, onde todos tinham a tendencia de serem "menosprezados" pela sociedade. Diariamente, ele sempre anda com o seu amigo o professor e cientista Emmett Brown (Christopher Llyod) que cria diversos experimentos malucos. Só que o maior deles (pelo o qual ele passou 30 anos o desenvolvendo) é o carro Delorean que ele transformou em uma maquina do tempo. Só que por causa de um acidente, McFly acaba sendo transportado para justamente o dia em que seu pais se conheceram, e acidentalmente ele acaba "mudando" um pouco os acontecimentos, fazendo ele encontrar o professor naquela época para juntos concertarem as coisas e ele conseguir voltar para o seu espaço de tempo verdadeiro.


Diversos momentos do filme acabaram se tornando partes da história do cinema e são referenciados até hoje. A sequencia de McFly andando de Skate fugindo de Biff (Thomas F.Wilson), por exemplo, claramente serviu como inspiração para abertura do desenho "Os Simpsons". Assim como o visual do doutor Emmett Brown, que serviu de completa inspiração para o Coringa de Jim Carrey em "Batman Eternamente". Não vou ficar mencionando mais as referencias, pois são várias. Mas não vou deixar de mencionar que em 2010, foi lançada a divertida comédia "A Ressaca", onde eles praticamente fizeram uma sátira com "De Volta Para O Futuro", que acabou dando certo! Sobre as atuações não posso reclamar de nenhuma, pois todas estão no timming correto, e pra quem não sabe Michael J. Fox tinha na época do filme apenas 36 anos, e vivia um adolescente de 16 (isso mesmo, sua aparência de adolescente garantiu o papel pra ele e se tornou um ícone na história do cinema).


Outro fator que fez "De Volta Para o Futuro" ser uma das melhores séries do cinema, é o fator da originalidade em suas sequencias. Zemeckis conseguiu criar duas novas histórias que por criatividade e inovações, não acabaram caindo na mesmice. Mas claro, não poderia deixar de comentar que a trilha sonora até hoje é reconhecida pelos fãs em todos os locais em que são tocadas as canções "The Power Of Love" da banda Huey Lewis and The News, e Johnny B. Goode, de Chuck Berry (onde McFly praticamente imita o guitarrista original na sequencia do baile de formatura de seus pais). Sem duvidas "De Volta Para O Futuro", é um dos maiores clássicos do cinema, que assim como "O Poderoso Chefão" sempre deverá permanecer intacto (sem nenhuma continuação além da trilogia ou até mesmo as "temidas" refilmagens), para não estragar a imagem dessa maravilhosa produção para a nova geração. Quem ainda não assistiu, tenta dar um jeito e embarque nessa aventura! (como diria o locutor da "Sessão da Tarde"). RECOMENDO!


NOTA: 10,0/10,0
Imagens Reprodução da Internet

segunda-feira, 2 de março de 2015

WHIPLASH - EM BUSCA DA PERFEIÇÃO


Todo mundo uma vez na vida (ou até vezes mais de uma), já teve aquele professor que é completamente "ignorante" em sua didática, além de ser sempre lembrado como "aquele filha da puta" (como diz um professor meu). "Whiplash - Em Busca da Perfeição", retrata exatamente a relação do aluno com esse tipo de professor, só que aqui é dentro de uma das maiores escolas de músicas do mundo, onde o renomeado maestro Fletcher (J.K. Simmons, o eterno chefe do "Homem-Aranha" de Sam Raimi) possui técnicas nem um pouco ortodoxas no treinamento de seus alunos. Ele os ofende, agride, intimida, grita, enquanto eles não acertam os tons musicais corretos. Só que ele acaba entrando em conflitos com o jovem Andrew (Miles Teller, de "Divergente"), que entrou na orquestra para alcançar seu sonho de ser baterista. Só que a medida que ele vai começando a praticar e notando que ele não vai alcançando a perfeição, ele começa a literalmente a pirar e focar tanto nos treinos que nem os sangues que saem de sua mão são suficientes para ele parar.


Como muitas pessoas que já haviam assistido a produção antes do Oscar, devo concordar que a atuação de J.K. Simmons está mesmo "assustadora". Ele consegue ser o tipico vilão/amigável, que quando menos esperamos ele começa a surtar e começa a dar suas tipicas "mancadas" com o protagonista. Sem duvidas, ele mereceu seu primeiro Oscar! Teller também está ótimo e devo dizer que esse é seu primeiro grande papel, pois anteriormente ele só havia atuado em comédias para adolescentes, como "Projeto X" e "Namoro ou Liberdade". Ele conseguiu realizar outra enorme "desconstrução" em seu personagem, já que no inicio ele é um adolescente normal e conforme a trama whiplashvai avançando, seu psicológico vai se alterando radicalmente que nós acabamos nos sentido em sua pele. 


"Whiplash - Em Busca da Perfeição" é um ótimo "Thriller Psicológico ", apesar de não chegar nem um pouco aos pés do cult "Cisne Negro", onde o principal foco era mais detalhado e tenso. Algo que na minha opinião o diretor Damien Chazelle (do mediano "Toque de Mestre"), poderia ter explorado melhor. Mas eu ja devo dizer que ele conseguiu mostrar seu melhor trabalho na carreira, na adaptação de um curta metragem com o mesmo nome (também estrelado por J.K. Simmons). Mesmo assim, não deixe de conferir este!

NOTA: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

Indicações ao Oscar: Filme, Ator Coadjuvante J.K. Simmons, Mixagem de som, Roteiro Adaptado e Montagem.
Venceu: Ator Coadjuvante - J.K. Simmons, Mixagem de Som e Montagem