sexta-feira, 24 de abril de 2015

VINGADORES: A ERA DE ULTRON


Um pouco depois de gravar o primeiro "Os Vingadores", o diretor Joss Whedon realizou a produção independente "Muito Barulho Por Nada" (cujo um dos protagonistas é o ator Clark Greg, o Agente Coulson). Esse titulo define e muito bem a sequencia daquele, batizada de "Vingadores: A Era de Ultron". A produção já começa com uma bem feita sequencia de ação na neve, onde os heróis do titulo estão lutando contra diversos agentes da HYDRA (organização que dominou a SHIELD em "Capitão América 2"), para enfrentar o Barão de Von Strucker (Thomas Kretschmann, de "O Procurado"). Mas este não é o verdadeiro vilão da produção, pois graças a tentativa de Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Bruce Banner (Mark Ruffalo), em criar uma inteligência artificial que promove a paz, com base nos resíduos dos alienígenas da invasão em Nova York, eles acabam criando Ulton (voz de James Spader). Logo, este acaba dando errado e entende que para promover a paz, precisa-se primeiro extinguir a humanidade. Então os "Vingadores" compostos por Homem de Ferro, Hulk, Viúva Negra (Scarlett Johansson), Capitão América (Chris Evans), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Thor (Chris Hemsworth), terão que se unir mais uma vez, só que agora para deter a ameaça causada por eles mesmos. Só que eles terão que enfrentar os irmãos Pietro Maximoff (Aaron Taylor-Johnson) e Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), que possuem os poderes de super velocidade e da telepatia e que acabam praticamente "controlando" a equipe dos Vingadores brevemente.


Assim como o primeiro filme, não posso negar de que ela está muito bem realizada. Os efeitos visuais são de primeira, as sequencias de ação e lutas muito bem filmadas (destaque para batalha entre Hulk e a Hulkbuster) e o ingresso 3D vale cada centavo investido. Só que o roteiro de autoria do próprio Whedon, tentou compensar o verdadeiro "Stand-Up" que foi o primeiro e jogou tantas sequencias de ação ao invés das tipicas piadinhas durante os 140 minutos de projeção, que chega a ficar realmente cansativo. O roteiro explorou de uma forma breve a relação dos irmãos Maximoff, só que a péssima atuação de Johnson (que de bom só fez "Kick-Ass") e Olsen atrapalhou e muito essa narrativa. Perdidos em alguns momentos, eles apostaram nas tipicas caretas e caras sérias, para convencerem o espectador de que eles possuem uma carga dramática e verdadeiro controle da situação. Foi bacana mesmo, o fato de Wanda possuir a mente de alguns vingadores e jogando em cena alguns de seus medos e segredos a tona, assim como alguns breves momentos de Pietro (só pra constar, eles são filhos do Magneto da franquia "X-Men" e aqui não puderam utilizar seus nomes nesta franquia, por causa de direitos autorais), mas que não chegam aos pés de sua versão em "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido".


Mas um fato que chegou a chamar bastante atenção, foi o "herói da vez" ser ninguém menos que o Gavião Arqueiro. Agora ficamos sabendo muito mais sobre o seu personagem e conhecendo mais sobre a sua vida pessoal (os arcos chegam em certo momento a lembrar um pouco o recente "Sniper Americano", de Clint Eastwood). Outro fator que ficou bacana, foi a relação amorosa entre Banner e a Viuva Negra. O romance em dose homeopática se encaixou otimamente no clima da produção. Não posso deixar de destacar também algumas "participações especiais" de alguns nomes do universo Marvel, como a do Falcão (Anthony Mackie), Maquina de Combate (Don Cheadle), Nicky Fury (Samuel L. Jackson), Maria Hill (Cobie Smulders) e obviamente do Pai de todos esses personagens: Stan Lee. Fora desta classificação, temos uma ponta também do conhecido colaborador de Peter Jackson, Andy Serkis (que já emprestou os movimentos para personagens como King Kong, Golum e o macaco César), como um traficante de armas em uma breve sequencia.


Como disse um amigo meu esses dias: Não é porque a adaptação está fiel aos quadrinhos, que sua adaptação será ótima. Essa frase se encaixou muito bem no caso de "Vingadores: A Era de Ultron", pois graças a um roteiro completamente tão artificial quanto a inteligencia de Ultron, a produção conseguiu ser uma das mais fracas da Marvel no cinema.

NOTA:6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 17 de abril de 2015

RISCO IMEDIATO


Quase sem "boas" opções nos cinemas para se assistir, e a maioria das salas foram dominadas pelos blockbusters "Velozes e Furiosos 7" e "Cinderela", optei por "Risco Imediato", do diretor Henrik Ruben Genz (que foi indicado ao Oscar de Curta-Metragem em 1999). Com um elenco de primeira, com nomes como Kate Hudson ("Como Perder Um Homem em 10 Dias"), James Franco ("É O Fim"), Tom Wilkinson ("O Grande Hotel Budapeste") e Omar Sy ("Os Intocáveis"), tinha tudo para ser um ótimo filme, só que isso não foi cumprido. A produção é aquelas tipicas, que ficam realmente interessantes da metade pro final. O que ajudou a prejudicar o resultado final, foi o fato das constantes expressões forçadas de Franco e Hudson, que vivem o casal protagonista. 


Estes moram em um apartamento na Inglaterra, e sofrem das contantes dividas que vem acumulando e o fato dela ainda ter sofrido um aborto no passado. Só que tudo muda quando o inquilino do apartamento abaixo do deles, morre repentinamente. Ao limparem o mesmo, eles acham uma maleta cheia de dinheiro, com uma quantia que dará não só para eles quitarem todas as dividas, mas também para eles terem uma vida mais satisfatória. Na duvida gastar ou não, eles escondem o dinheiro ao mesmo tempo que surge o detetive John Halden (Wilkinson), que desconfia que eles estão "escondendo a grana". Só que eles não sabiam, que na verdade o dinheiro era de um roubo realizado por aquele, e que agora a sua antiga gangue quer toda a quantia de volta.


Não sei porque diabos, estão vendendo que o personagem de Omar Sy é o vilão do filme. Ele só tem umas cinco cenas, onde ele demonstra ser "mais fraco" que o "verdadeiro" vilão, que é o personagem de Sam Spruell ("Busca Implacável 3"). Este conseguiu ser o mais convincente na produção, pois ta todo mundo perdido aqui até a metade, praticamente. Para os espectadores "menos exigentes" e que procuram alguma ação na produção, eles aproveitam pra encher de suspense, tiros e pancadaria na sequencia final. Olha, até que essa parte ficou bacana, de verdade. A fotografia que enaltece essas sequencias faz "Risco Imediato" parecer muito mais um telefilme, do que uma produção para as telonas.

NOTA:4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


sexta-feira, 3 de abril de 2015

VELOZES E FURIOSOS 7


Quando Paul Walker faleceu em um acidente de carro em 23 de novembro em 2013, o destino da franquia "Velozes e Furiosos" era incerto. Com as filmagens deste no meio, um cronograma a cumprir foi cogitado por uns tempos o cancelamento deste sétimo filme. Só que os produtores e a própria Universal viram que era a hora de usarem seu último filme, para prestarem homenagem ao principal protagonista de uma das séries mais bem sucedidas e lucrativas do cinema. Então o roteiro foi reescrito de uma forma pela qual se pudesse aproveitar todas as cenas que Walker já havia gravado e foram escalados seus irmãos caçulas Cody e Caleb, pois como eles possuíam a mesma forma física, a equipe de efeitos visuais apenas colocou o rosto de Paul e sua voz no corpo destes. Para realizar esse processo, "Velozes e Furiosos 7" se tornou produção mais cara da história do cinema (devido ao custo da seguradora, que praticamente cobriu o orçamento e se tornou um dos mais caros já usados por um estúdio cinematográfico), e acabou sendo adiado em nove meses a sua estreia (já que estrearia em 11 julho de 2014) e uma conversão em 3D (que até possui ótimos momentos de profundidade e alguns vidros e carros voando em nossa direção (mesmo que bem breves). Ao assistir a produção eu já esperava que eles fariam algo de extrema qualidade, pois afinal eles vem conseguido melhorar a qualidade a cada filme lançado. Aqui para poder entrar no clima da história, tem que se assistir ao terceiro filme ("Desafio em Tóquio") e ao sexto, pois a história se passa entre aquele e após o último.


A trama é basicamente uma história de vingança, pois o "irmão malvado" de Owen Shaw (Luke Evans, de "O Hobbit"), Deckard Shaw (Jason Statham, que fez uma breve ponta no último filme) decide partir em vingança contra a equipe que deixou seu irmão em uma cama vegetal (isso mesmo, ele não morreu!). Ao descobrir que foi a equipe de Dominic Toretto (Vin Diesel) responsável pelo ato, ele começa a partir para a revanche e se mostra como responsável pelo assassinato de Han (Sung Kang) no terceiro filme (explicando a breve participação de Diesel no final daquele filme, que inclusive eles repetem brevemente o desfecho deste aqui). Como sinal, Deckard também explode o simbolo da família Toretto, que era a casa onde eles viviam. Sedento por uma revanche a este, Dominic correrá contra o tempo para mostrar os verdadeiros significados das palavras vingança e família, além do desejo de deter Shaw a todo custo. Mas eles não estarão sozinhos, pois contarão com a ajuda de um grupo de agentes liderados pelo Sr. Ninguém (o sumido Kurt Russel, de "Poseidon"). Em troca do auxilio, eles pedem para a gangue de Dom resgatar a hacker Ramsey (Nathalie Emmanuel), que desenvolveu uma tecnologia capaz de encontrar qualquer pessoa, onde quer que ela esteja.


Como nos outros filmes da série, aqui tem corridas, aqui tem ação de sobra e três sequencias lutas! Então espere ver Statham lutando contra Dwayne Johnson e também contra Vin Diesel. Tem até mesmo uma participação especial da lutadora de MMA Ronda Rousey, que só pelo jeito só apareceu aqui pra lutar com a Michelle Rodriguez. Quanto as cenas de ação, elas estão tão bem realizadas que é impossível não rir das "missões impossíveis" realizadas pelo grupo de protagonistas (destaque para a sequencia na Arabia, onde Dom e Brian estão em um carro e transitam de uma torre para a outra através das vidraças dos prédios). Falando neles, a equipe responsável pela recriação de Paul Walker no filme, foi fundada por Peter Jackson e realizou um ótimo trabalho. Há uns breves momentos que podemos notar onde o efeito foi utilizado, pois a câmera evita em mostrar o ator e quando o mostra, lhe filma de lado ou de costas. Mas quando pega frontalmente, o resultado se mostra praticamente perfeito (não duvido que a produção fature pelo menos uma indicação ao Oscar de 2016, de efeitos visuais). Quanto a esperada homenagem e ao desfecho do seu personagem, digamos que a palavra certa para defini-la foi "emoção". Não vou contar aqui qual foi, mas digamos que foi uma das mais belas e verdadeiras homenagens póstumas que eu já vi na história do cinema (e que fará muita gente chorar).


Voltando a outros tópicos desta produção, foi bastante divertido rever o astro de ação Kurt Russel nas telonas depois de quase sete anos ausente. Apesar de seu personagem ter uma breve cena que representa seu estilo no cinema, foi bacana revelo. Outro que arrasou foi Jason Statham, pois seu vilão foi aquele tipico de filmes de ação dos anos 70/80, pois a produção o coloca em cena em momentos inesperados das mais diferentes maneiras, já que temos também como vilão o personagem de Djimon Hounsou (de "Diamante de Sangue", que ta bem no papel aqui, mas não quanto Statham). "Velozes e Furiosos 7", de certa forma tem seus motivos pra entrar na história do cinema, pois além de apresentar diversos momentos bem realizados, conseguiu prestar uma magnifica homenagem ao seu falecido protagonista Paul Walker. RECOMENDO!

NOTA:9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet