domingo, 16 de agosto de 2015

MISSÃO IMPOSSÍVEL: NAÇÃO SECRETA


Já não é novidade que a franquia "Missão Impossível", sempre foi um sucesso. Também não é novidade que o astro da franquia, Tom Cruise, é foda. Ele não só protagoniza os filmes, como também ajuda no roteiro, produz, ajuda na escolha do diretor e realiza as próprias cenas de ação. Nesse aqui logo de cara ele já começa pagando de louco e fica pendurado na porta de um avião em movimento, logo nos primeiros minutos de película! Claro que quem assiste televisão já viu essa sequencia alguma vez na vida. Mas essa não é a única na qual vimos que ele realiza a ferro e fogo. Tem outras também que ele arrasa. Como por exemplo, no quarto quando ele saltou do prédio mais alto do mundo em Dubai, sem o auxilio de dubles! Enfim, essa é a maior graça desta famosa franquia, que adapta o famoso seriado de mesmo nome dos anos 70.


Aqui vemos a trama focar na história de que a CIA leva ao tribunal estadunidense que a organização dos protagonistas da franquia, a  IMF deverá ser extinta, pois em sua última operação o grupo acabou realizando diversos danos e estragos pelo mundo (mesmo tendo salvado o mundo). Só que o agente Ethan Hunt (Cruise), descobre que não é somente a CIA que quer derrubar o IMF, mas sim um sindicato secreto, que possui perigosos nomes dados como mortos como membros, além de um enorme e melhor armamento do que qualquer outra organização secreta. Ao descobrir isto, eles juram a cabeça deste a prêmio, ai é basicamente o filme todo ele fugindo dessa "Nação Secreta", além da própria CIA. Mas claro, ele sempre tem seus amigos e parceiros para ajuda-lo nessas loucuras. Aqui temos o retorno de William Brandt (Jeremy Renner, de "Os Vingadores"), Luther Stickell (Ving Rhames) e o alivio cômico da série Benji Dunn (Simon Pegg, de "Todo Mundo Quase Morto"). Juntando a esse time, temos a atriz Rebecca Ferguson (na foto abaixo, com Cruise), que praticamente reformula o termo de Femme Fatalle (que é uma mulher extremamente sensual, cuja personalidade não representa o quanto fatal ela é), que basicamente andava extinto no cinema e principalmente neste gênero de filme. E do amigo de longa data de Cruise, Alec Baldwin ("Para Sempre Alice"), que basicamente rouba a cena no penúltimo ato do filme.


Aqui temos dois vilões distintos, vividos por Simon McBurney e Sean Harris, onde ambos arrasam no papel. Só que eu ainda prefiro o vilão do primeiro filme da série. A direção e roteiro de Christopher McQuarrie (que já trabalhou com Cruise em "Jack Reacher Ultimo Tiro"), procura trabalhar o foco no imprevisível, além de deixar a trama mais independente das outras partes em vários aspectos (a menção a quarta parte, não necessita o espectador de ter visto o mesmo antes de ver este). Além do fato dele procurar lançar as sequencias de ação em doses homeopáticas e evita ao máximo ficar mostrando explosões exaustivamente ao estilo "Michael Bay". O mesmo pode se dizer dos alívios cômicos, onde não só são retratados por Pegg mas como também por Renner (que não só está mais a vontade no papel, que aprendeu a trabalhar no gênero na "escola da Marvel").

"Missão Impossível - Nação Secreta" não consegue ser uma sequencia melhor que suas partes antecessoras, mas um dos melhores filmes do ano! RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

JOGADA DE MESTRE


O cinema inglês sempre foi um tanto que peculiar na minha opinião. As fotografias depressivas, os visuais que mais exaltam tristeza do que outra coisa. Em "Jogada de Mestre", nada disso muda, pois temos tudo isso aqui e um pouco mais. A trama gira em torno do sequestro do dono da famosa companhia de cerveja "Heineken", Freddy Heineken, que aqui é vivido por um ótimo Anthony Hopkins. O fato ocorreu em 1983 e foi marcado pelo simples fato de que a vitima acabou lançando uma especie de jogo psicológico com os sequestradores, e os acabou fazendo literalmente pirarem com seu linguajar e calma o tempo todo durante o fato. Jim Sturgess e Sam Worthington vivem os mandantes e idealizadores do crime, Cor Van Hout e Willem Holleeder. Desde sempre eles se garantiam realizando típicos roubos a bancos, onde a policia jamais conseguiu os alcançar ou pensar em descobrir que eles eram os responsáveis por tais atos. Sempre eles contaram com as companhias dos amigos e parceiros de crimes, Jan Boelleard (Ryan Kwanten), Frans 'Spikes' Meijer (Mark van Eeuwen) e Martin 'Brakes' Erkamps (Thomas Cocquerel). Só que o extremo jogo psicológico do empresário sobre o grupo, faz a vida de todos ficar cada vez pior.


A trama tem uma premissa extremamente interessante, e renderia um ótimo filme se não fosse um detalhe: a péssima direção de Daniel Alfredson ("A Menina Que Brincava com Fogo"). Ele abordou os antagonistas de uma forma, na qual ficamos pouco familiarizados com eles e não nos transpõe sentimentos nenhum em relação a eles. O amadurecimento do personagem de Sturgess e ele ainda estar esperando um filho é um dos pontos altos da produção. Assim como sua relação familiar com o personagem de Worthigton. Mas algo que me chamou bastante atenção na película foi o fato de não haver em momento algum a marca da cerveja "Heineken", a não ser a garrafa verde (cujo modelo ainda não existia na época, e as mesmas eram colocadas em garrafas marrons tradicionais) em diversos momentos do filme (eles poderiam ter topado um patrocínio, assim faturariam uma grana extra). Nesse tópico a equipe de marketing e produção do filme falhou e muito feio. Mas mesmo o quarteto estando ótimo, eles acabam sendo vitimas, do sempre brilhante Hopkins, que rouba todas as cenas nas quais aparece (seu sarcasmo em cena, mais uma vez acaba se tornando um divertido alivio cômico).

Mas é uma pena o fato de que em sua conclusão final, "Jogada de Mestre" soa bem mais para um telefilme do que para uma produção cinematográfica (lembrando que foi filmada uma versão para tv já há alguns anos). Porque aqui tudo soa extremamente a independente e é um mero filme que se sustenta pelas atuações, ao invés da trama (que acaba se tornando um mero filme clichê de "domingo a noite"). É um bom filme, mas não assista com muitas expectativas.

NOTA:6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

QUARTETO FANTÁSTICO


Quando anunciado há uns dois, três anos o reboot de "Quarteto Fantástico ", eu logo vi que eles iriam ter que superar as críticas dos dois primeiros, assim como a qualidade dos efeitos visuais (que eram medianos, pois não haviam os recursos de atualmente). Só que ao passarem as semanas, foram anunciando as primeiras informações do elenco: Michael B. Jordan viveria Johnny Storm, o Tocha Humana (que foi vivido pelo atual Capitão América, Chris Evans), que é um ator negro e vive um personagem caucasiano! Já sua irmã Sue Storm, a Mulher Invisível,  foi escolhida a atriz Kate Mara, que é branca e loira! Mas como os roteiristas resolveram isso? Ela é adotada por uma família de negros! Já Ben Grimm, o Coisa, foi escalado Jamie Bell ("King Kong "), que é magro e de média estatura e seu personagem é gordo e bem grande! Pra compensar, Reed Richards, o homem elástico, foi escolhido o ator Milles Teler. Só que este tá tão apagado no filme, que acaba entrando no padrão dos outros. Já o diretor foi escalado o Josh Trank, (que já trabalhou com Jordan, em "Poder Sem Limites "), conseguiu transformar tudo isso em um verdeiro show de horrores e a transformou na pior adaptação de histórias em quadrinhos da história!

Vamos pegar a duração de 100 minutos da película pra fazer um rápido balance (podem haver uns breves spoilers, mas nada grave:
Dos 60 aos 75 minutos : os heróis descobrem seus poderes.
Dos 75 aos 93: O vilão aparece, e a batalha final é tão rápida e mal feita, que parece um episódio do "Power Rangers".
Dos 93 aos 100: créditos finais, pelo qual não contém NENHUMA cena pós créditos.
Se você tem bom senso, já sabe o que esperar de um filme assim. 


A história foca tanto na construção da bosta da maquina e no falatório dos personagens sobre ciência e viagens dimensionais, que a ação no filme basicamente não existe. Não temos sequer algum romance também! A sequência que apresenta Johnny ao público, parece que foi saída de um filme da série "Velozes e Furiosos ", da forma que foi abordada (uma corrida de rachas, no meio da madrugada). Quanto a sua irmã, vivida por Mara, não possuía expressão alguma em nenhum momento sequer! (nem no maia dramático).  Já Teller que nos brindou com uma ótima atuação no começo do ano com "Whiplash", tá tão apagado aqui que chega a ter seus momentos rolarem de uma forma extremamente forçada. Seu melhor amigo, que é o Coisa, é mais apagado ainda, pois nem aparece quase no filme e reaparece na metade só pra participar da "parada pra pegar os poderes". Quanto ao vilão, Victor Voom Dom, vivido por Toby Kebbell ("Rocknrolla"), parece que é o único que levou o papel a sério e tava no clima. Só que o roteiro tão besta, o fez se tornar uma porra de adolescente revoltado que quer ver o circo pegar fogo. O visual dele chega ser engraçado, pois ele ficou parecendo mesmo um verdadeiro "Power Ranger do mal".


Isso sem contar na porrada de momentos clichês que rolam, onde o Trank, não conseguiu dosa-los em sua película e acabamos vendo em exaustão e forçadamente momentos como dramas familiares ("você prefere minha irmã do que eu") e de amizade ("eu fiquei do seu lado a vida toda "). Isso sem contar dos breves ciumes de Victor com Reed, achando que ele tava pegando a Sue (e olha que nem isso rola aqui!). Ainda temos um governo estadunidense querendo mandar em tudo o que acha que tem direito.

São essas razões que fizeram "Quarteto Fantástico ", se tornar um péssimo filme de ação e uma péssima adaptação dos quadrinhos. Se a Fox queria inovar com os personagens, bastava mudar os roteiristas das duas produções antecessoras e deixar o elenco original (que tava ótimo). Já estou vendo o provável cancelamento dessa "nova franquia ", e fará os personagens ficarem parados por um longo tempo na geladeira do estúdio. Até a Marvel reaparecer na área e pegar os diretos e produzir algo decente para estes heróis e inclui-los no super time dos "Vingadores ".

Nota: 2,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

CIDADES DE PAPEL


Ano passado nesta mesma época, comentei aqui sobre o excelente "A Culpa é das Estrelas". Graças ao estrondoso sucesso deste, a Fox comprou os direitos de vários livros de seu escritor, John Green (que aparentemente segue o mesmo caminho de Nicolas Sparks (apesar deste possuir livros mais voltados ao público feminino e serem mais depressivos em seus desfechos)). Neste ano, foi lançado o segundo dessa frota, que é "Cidades de Papel". Graças ao excelente trabalho da equipe que produz trailers e material para propaganda de filmes, quem desconhece da história e não leu o livro (eu li antes mesmo de conferir a produção nas telonas), pensa que é mais um romance aos moldes de sua obra anterior. Errado, pois o que menos se denota aqui entre os personagens é este sentimento em si. A história trata-se e muito bem sobre a relação de amizade entre todos eles.

A mesma trata-se de Quentin (Nat Wolff, que esteve em "A Culpa é das Estrelas"), que sempre teve uma amizade desde pequeno com sua vizinha Margo (a modelo Cara Delevingne). Só que após verem um cadáver perto do local onde costumavam a brincar, a reação diferente que ambos demonstraram no momento, acabou distanciando os dois de alguma forma. Já que esta decidiu sair para investigar o paradeiro do desconhecido, enquanto aquele ficou dormindo com medo de algo de ruim lhes acontecesse. Então os anos vão passando, e eles se distanciando, mas Quentin nunca deixou de observar a rotina da sua amiga pela janela do seu quarto (meio coisa de psico isso, mas enfim era evidente que o cara tava apaixonado). Mas uma noite Margo aparece em sua janela, para ambos saírem com o carro dele e se vingarem de algumas pessoas durante toda a madrugada. Tudo rola as mil maravilhas, até que no dia seguinte ela não vai a escola e ele descobre que a garota foi dada como desaparecida. Tentado a descobrir as pistas que ela deixou em diferentes lugares, para descobrir o seu paradeiro, ele chama os dois amigos chupetas dele, que são o Radar (Justice Smith), que namora e paga de certinho na frente de todo mundo, e Ben (Austin Abrams), que paga de pegador e só pensa em mulher e sexo e na verdade não pega nem gripe. No meio do caminho, eles também se aproximam da melhor amiga de Margo, Lacey (Halston Sage, de "Vizinhos"). Logo ambos embarcarão em uma aventura a lá "Sessão da Tarde", cujo desfecho acabará sendo bastante surpreendente para os padrões atuais.



O diretor Jake Schreier procura em todos momentos do filme, dar um foco maior para as relações de amizade entre esses personagens ao invés dos momentos românticos (que chegam a serem bem breves quando ocorrem). Sua trama com base no roteiro da dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber (que foram responsáveis pela adaptação de "A Culpa é das Estrelas"), conseguiu transformar a produção em uma divertida trama que ressalva e muito os estilos clássicos de filmes da 'Sessão da Tarde" (estilo que nem todos consegue alcançar com exito atualmente).

A química entre Wolff, Smith e Abrams chega ser o verdadeiro ponto alto da produção (principalmente quando eles usam a música tema do Pokemon, pra "vencer" o medo de escuro deles), pois a morena que ta estampando o poster aparece somente em poucos momentos da projeção, dando espaço mais para Sage, que ta num papel que não exigia muito da atriz e ela tava bem até (destaque para a conversa em que ela tem com o protagonista, em um banheiro durante uma festa). Mas o pouco que a estreante Delevigne realizou aqui, já deu pra notar que ela conseguiu transpor a verdadeira personalidade da Margo que está nos livros (não vou ficar falando muito sobre a relação dela e Wolff, pois eu vou estragar algumas coisas que rolam no filme).

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet