sábado, 24 de dezembro de 2016

TEM NA NETFLIX: SOBREVIVENDO AO NATAL

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De volta ao quadro, depois de uma ausência de quase um mês e no clima natalino, a dica pra este final de semana é a comédia "Sobrevivendo ao Natal".  Confesso que desde pequeno, esse sempre foi o longa que eu assisto todos os anos nesta data, não pelo simples fato de gostar do Ben Affleck, mas sim pelo estilo de narrativa proposto pelo diretor Mike Mitchel ("Shrek Terceiro"), que é uma mescla com os estilos de "sessão da tarde" com comédias pastelões natalinas.

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Aqui Affleck vive o milionário Drew que nunca ligou em comemorar o natal, mas acaba tendo este paradigma quebrado quando sua namorada Missy (Jennifer Morrison), deseja comemorar a data com ele e a sua família. Só que tem um pequeno porém: Drew não tem nenhum parente próximo, e logo ele decide ir até sua casa onde cresceu na infância e pagar os inquilinos uma enorme quantia para eles serem sua família de mentira, durante o natal. 

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Mesmo tendo uma trama com um desfecho bem clichê, o roteiro de Deborah Kaplan, Harry Elfont (responsáveis por outras comédias, como "O Melhor Amigo da Noiva"), J.R. Ventimilia e Joshua Sternin (ambos de "Rio"), consegue criar algumas piadas bacanas durante a narrativa, onde os melhores momentos são entre os personagens de Josh Zuckerman (o "irmão mais novo") e Bill Macy (o "vovozinho"). Quanto as atuações, Affleck ta bem divertido aqui (ele conseguiu ser mais bobo do que nunca, neste papel!), o casal principal vivido pelo falecido James Gandolfini e Catherine O'Hara (a mãe de Mackauly Kalkin, em "Esquecerão de Mim") tem uma química legal, e Christina Applegate faz um contraponto legal no meio de tudo isso.

"Sobrevivendo ao Natal" é mais uma daquelas comédias natalinas, que é uma ótima dica pra este final de semana natalino, onde dentre as opções de ficar de bobeira ou se você é cinéfilo e quer  ver um filme com a temática, fica ai a dica. RECOMENDO!

Nota:7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

SULLY - O HERÓI DO RIO HUDSON

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Em 15 de Janeiro de 2009, o piloto Chesley Sullenberger evitou o que seria um enorme acidente aéreo, pois pousou seu avião sem as duas turbinas (que se explodiram ao serem atingidas por pássaros), em pleno rio Hudson, nos Eua. O feito não só saltou sua vida, como também das outras 155 pessoas abordo. Mas como em todo acidente, ele posteriormente teve de arcar com as consequências da companhia área, para ver se de fato ele cometeu alguma atrocidade ou se foi de fato um herói (como grande maioria do mundo o vê até hoje). 

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Não poderiam ter escolhido um diretor melhor que Clint Eastwood pra comandar essa história, pois ele já provou em diversos filmes (principalmente no recente "Sniper Americano", em que inclusive ele manteve um pouco da essência aqui) saber contar a vida de ícones importantes para o mundo. Em sua primeira parceira com o ótimo Tom Hanks ("Inferno"), ele prova que mesmo sendo sobre uma história um tanto que recente, ele pode muito bem captar outros lados pra só não ficar na mesmice em torno do acidente. O acidente em si só é mostrado detalhadamente em segundo plano, pois o principal foco é a mentalidade de Sully e seu julgamento com seu co-piloto Jeff Skiles (Aaron Eckhart, de "Invasão a Londres"). Trabalho que Hanks e Eckhart exercem muito bem, e com o auxilio da direção de Eastwood nos prendem quase o tempo todo durante a narrativa.

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Os efeitos visuais estão realmente bons e convincentes, e os momentos pelos quais ele retrata o acidente visto de dentro do avião impressionam e vemos o quanto ele é competente para longas assim. Outro fator positivo, é que ele não deixa a trama cansativa, pois quando fica "muito falatório" ele já corta pra alguma cena que mostra os sonhos e pensamentos de Sully, que são sobre se o avião realmente explodisse ou flashbacks do acidente (onde ele narra tanto as versões dos tripulantes quanto a dos próprios pilotos).

"Sully - O Herói do Rio Hudson" é um dos raros longas que vemos em 2016, pois é breve, claro, divertido, interessante e conta com uma ótima primeira parceria entre Tom Hanks e Clint Eastwood. Se o primeiro será indicado ao Oscar por esta performance? Ele merecia, porém talvez entre. Mas o ano de 2017 é de Casey Affleck (irmão do Ben Affleck). RECOMENDO

Sobre a parte técnica retratada no longa, por Nicolas Jesus Ramos, estudante de Aeronáutica:

Para começar o enredo conta a história exatamente como foi, desde a preparação até o choque com os pássaros, alguns erros escaparam na hora de montar o filme, por exemplo na decolagem e durante a subida o co-piloto (piloto do assento direito, com mesma instrução técnica que o comandante mas com menos horas de voo) assume o controle das manetes de potência, na prática isso não acontece, por mais que a decolagem esteja sendo feita pelo co-piloto ou não, as manetes ficam com o comandante nesse tipo de aeronave, deixando com ele a decisão de abortar a decolagem caso necessário, como mostra a imagem:


O filme mostra muito bem como uma emergência é gerenciada na cabine, mostra que o treinamento exaustivo e repetido semestralmente tem um propósito a segurança de voo em seus mais altos níveis, o enredo mostra o que os pilotos tentam mostrar há anos, que o fator humano ajudou nesse acidente, assim como ajudou em outros, enquanto em alguns acidentes colocar a culpa em quem morreu torna a investigação mais fácil. 


Agradecimentos: Nicolas de Jesus Ramos

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 18 de dezembro de 2016

A ÚLTIMA RESSACA DO ANO

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Filmes natalinos são praticamente praxe no cinema, pois todos anos eles arrumam algum enredo que se enquadra na temática e o lançam em meados de novembro/dezembro. Normalmente as formulas sempre são genéricas e as vezes funcionam, outras não. No caso de "A Última Ressaca do Ano", ela poderia ter funcionado se os roteiristas Justin Malen, Laura Solon e Dan Mazer, soubessem a enorme qualidade do elenco secundário que eles tinham em mãos. Pra quem está habituado com comédias estadunidenses e assiste ao programa "Saturday Night Live", sabe que nomes como (tirando o trio destaque Jason Bateman, Jennifer Aniston e T.J. Miller) Kate McKinnon ("Caça-Fantasmas"), Jillian Bell ("Anjos da Lei 2"), Rob Corddry ("Antes Só Que Mal Casado") e Vanessa Bayer ("Descompensada"), já nos fazem rir só de olhar para as caras deles em determinadas situações (fazem nem 15 dias que ri adoidado com a sátira de McKinnon, a Hillary Clinton, no "SNL")

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O enredo aqui tem inicio com Clay (T.J. Miller), que é o herdeiro de uma enorme companhia de tecnologia, e possui um péssimo relacionamento com a irmã e parceira na mesma, Carol (Jennifer Aniston), que planeja fechar a sede e demitir todos os seus funcionários. Seu melhor relacionamento na empresa, é com seu braço direito Josh (Jason Baterman) que basicamente o ajuda a tocar toda a empresa. Cientes da situação, fazem um acordo com Carol: se eles fecharem um contrato de 14 milhões com um importante representante, a mesma continuara na ativa. Para impressiona-lo a assinar o contrato, eles tem a ideia de fazer uma enorme festa de natal na empresa, para ele ver como todos os funcionários são unidos e amigáveis.

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É ai que ta o principal erro do longa, pois eles poderiam ter aproveitado e muito as esquetes que ocorrem durante a festa. A maioria das piadas do longa envolvem escatologia ou até mesmo diversas menções a longas famosos (onde a principal é sobre "Velozes e Furiosos", chega a render um dos melhores momentos), e nada é mais além disso. Porém o grande destaque da fita, é Jennifer Aniston, pois ela parece ser a única que encontrou a tonalidade pertinente a sua personagem (mesmo sendo a única realmente interessante), pois Miller, Bateman e até a própria Olivia Munn (que é considerada da musa dos Nerds), estão nos seus "papéis padrões no cinema" (o sujeito tímido e acado, o cara zueiro e sem noção, a nerd gotosa). 

Cientes da situação ocorrida no longa, claramente a dupla de diretores Josh Gordon e Will Speck utilizaram um clássico recurso que "vem dado certo" no cinema: colocam uma porrada de músicas conhecidas e bacanas no decorrer da narrativa, onde os mais desatentos irão curtir as mesmas e deixar passar a maioria dos erros e furos no roteiro. Devo dizer que comigo já não havia funcionado em "Esquadrão Suicida", e agora funcionou muito menos. 

"A Última Ressaca do Ano" é mais um mero exemplo de comédia natalina que tinha tudo pra funcionar com seu grandioso elenco humorístico, mas que foi completamente desperdiçada pelo seus roteiristas (lembrando que o argumento foi criado pela dupla Jon Lucas e Scott Moore, os mesmos de "Se Beber, Não Case!"), e seus atores aparentemente não estavam com vontade nenhuma de inovar perante o roteiro apresentado.  

Nota: 4,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

ROGUE ONE: UMA HISTÓRIA STAR WARS

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Há quase um mês estava abordando aqui no blog, que "Animais Fantásticos" foi uma verdadeira aula de como se realizar um spin-off de uma franquia renomada. Hoje acabamos tendo mais um exemplo bem sucedido deste tipo de películas, pois "Rogue One: Uma História Star Wars" é sem duvidas um sinal que a Disney está indo pelo caminho certo com a saga de George Lucas. Aqui não ha menções aos fatos do episódio 7, muito menos aos outros personagens dos outros longas (tirando Darth Vader). Todos são completamente novos neste universo. 

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O longa se passa entre os eventos do "Episódio III: A Vingança dos Sith" e "Episódio IV: O Império Contra Ataca", onde mostra a garota Jyn sendo separada dos pais, logo depois que sua mãe foi morta e seu Pai (Mads Mikkelsen) intimado para trabalhar na construção da estrela da morte. Ela acabou então ficando aos cuidados de Saw (Forest Whitaker), onde depois que completou 16 anos (agora vivida por Felicity Jones, de "Inferno"), ela acabou tocando a vida por conta própria. Um tempo depois ela acabou presa, porém ela foi resgatada pela Aliança Rebelde, que lhe pede ajuda para acessar a uma mensagem do seu Pai a Gerrera. Ao acessa-la ela descobre que se trata de um enorme plano para destruir a estrela da morte, o que a faz se juntar com alguns membros da aliança rebelde para executar esta missão.

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Felicity Jones é uma atriz carismática, e ela já deixou isso claro em seus últimos trabalhos. Só que aqui ela não tem muitas falas. e trabalha muito mais suas expressões do que seus diálogos (fazendo-a ser uma personagem bem menos interessante que a Rey). A química dela com Diego Luna é realmente boa, mas não é o forte do longa, o que consequentemente os farão não serem lembrados nos próximos anos como protagonistas de um dos filmes de "Star Wars". Por sorte o roteiro da dupla Chris Weiz ("Um Grande Garoto") e Tony Giroy ("A Identidade Bourne"), fez questão de trabalhar muito mais nos personagens coadjuvantes. O que fez levar os personagens Chirrut (Donnie Yen da trilogia "Ip-Man", que tem divertidas sequencias de lutas aqui), e o androide K-2SO (Alan Tudyk), roubarem a cena em algum dos momentos. Só que quem acaba realizando o feito de forma mais gloriosa (mesmo aparecendo pouco) é o próprio vilão Darth Vader (ainda dublado por James Earl Jones), que arrancará suspiros dos fãs da série

Outro acerto da dupla foi na mesma questão que J.K. Rowling em "Animais Fantásticos", onde eles não perderam tempo explicando as expressões e o universo de "Star Wars" no longa. Você precisa conhecer o mesmo pra poder pegar as sacadas e referencias no decorrer do mesmo (então se você não sabe o que é um Jedi, trate de pesquisar sobre antes de ver esse longa), caso contrário você não vai entender absolutamente nada. 

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Mas a grande e verdadeira estrela do filme, foi sem duvidas o diretor Gareth Edwards. Ele não só conseguiu captar a essência que "Império Contra Ataca" tinha, como ele também teve o cuido enorme de retratar toda a sua narrativa como se fosse mesmo um longa daquela época ainda (só que com efeitos visuais melhores, obviamente). A única coisa que ele acabou pecando, foi pro excesso de tempo nas sequencias de lutas espaciais, que acabam sendo enjoativos as vezes. Quanto ao recurso 3D durante todo o longa, não vi a necessidade e a película pode ser conferido com a mesma qualidade em 2D

"Rogue One: Uma História Star Wars" é mais um ótimo exemplo de como se realizar um Spin-off de qualidade, e que ao mesmo tempo faça até no último segundo os fãs da série ovacionarem o longa em seu último segundo (isso mesmo, na sessão onde estive a galera bateu palmas!). Se achei o melhor da série? Não, pois preferi muito mais o Episódio VII. Mas que venham mais longas de "Star Wars", pois ta pouco! RECOMENDO!

Obs: o longa não tem cena pós créditos.

Nota: 9,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

JACK REACHER: SEM RETORNO

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No inicio de 2013 foi lançado "Jack Reacher: O Último Tiro" nos cinemas. Não me recordo de te-lo conferido nos cinemas, pois não estava no Brasil na época (mas me recordo de ele ter estreado no exterior na mesma época também, e nem sei se fez sucesso por aqui). Assisti um tempo depois e honestamente achei um dos filmes mais fracos da carreira do Tom Cruise. O personagem poderia ser até interessante, o livro de Lee Child (pelo qual foi inspirado) pode até ser bom, mas o enredo em si foi mais um mero longa policial, onde Reacher foi retratado como uma mistura de James Bond e Jason Bourne. Não sabíamos muito de sua origem ou o porque de seu personagem ser daquele jeito. Ele tava ali, fazia o que era proposto e pronto acabou o filme. Porém em meados do ano passado (depois da televisão a cabo exibir o citado exaustivamente em quase todos os canais), foi anunciado que o longa teria uma sequencia nas telonas. Enquanto o primeiro foi baseado no nono livro da série (que só teve cinco deles lançados no Brasil), este foi baseado no último (não lembro qual o número, mas foi lançado justamente em 2013).

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Depois de quase perder este nas telonas também, agora consegui um tempo para conferi-lo e devo dizer com toda honestidade do mundo, que até gostei da narrativa abordada. Ela mostra logo de inicio, Jack (Cruise) conseguindo capturar o chefe de uma quadrilha de policiais corruptos, o que chama a atenção da Major Turner (Cobie Smulders, a Robin de "How I Met Your Mother"), onde logo os dois acabam criando um vinculo via constantes ligações entre os dois. Porém quando Reacher vai visita-la de surpresa em Detroid, na sua antiga unidade militar (onde era também era Major), acaba sendo surpreendido com a noticia que ela foi presa acusada de espionagem, ao mesmo tempo que ele descobre que pode ser pai de uma adolescente de 15 anos (Danika Yarosh). Agora ele decide não só tentar provar a inocência da amiga, como também descobrir se realmente é Pai. 

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Cruise aqui consegue realizar uma verdadeira mescla de perfis, pois em alguns momentos ele pega um pouco de Jason Bourne, outros de Sylvester Stallone e outros de James Bound. Porém esta mescla funciona de acordo com a narrativa. Já sua química com Smulders poderia ter sido melhor, se a atriz não estivesse tanto no automático como ela estava aqui (ela esteve melhor até nos episódios mais fracos naquele seriado citado), e ela acaba sendo compeçada pela jovem Yarosh (que acaba roubando a cena, por se portar exatamente como Cruise durante diversos arcos).

Só que o principal erro do roteiro de Marshall Herskovitz, Richard Wenk e Edward Zwick (que também assina a direção), é rechear o a trama com diversas passagens clichês envoltos a intensas sequencias de ação (quem tem o minimo bom senso de cinema, já matou todo o arco dele com a filha, sem mesmo ver o filme). Ta certo que as mesmas foram bem realizadas e tudo, porém daria muito bem pra meterem alguns ploat-twists legais ali, só que preferiam deixar tudo muito superficial.

"Jack Reacher: Sem Retorno" é mais uma sequencia que provavelmente acabará engavetando a franquia nos cinemas, pois não só se tornou mais um mero filme de ação, como também não está rendendo mundialmente o que Cruise e a Paramount esperavam. Uma pena, pois é bacana ver o ator envolvido em mais de uma franquia que não fosse "Missão Impossível".

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A CHEGADA

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Mesmo com 2016 tendo lançado ótimas películas de histórias em quadrinhos (vide "Deadpool" e "Doutor Estranho"), foi péssimo para os com a temática "invasão extraterrestre". "A 5ª Onda" e "Independece Day: Ressurgimento", foram dois claros exemplos de produções que nunca deveriam ter saído do papel. Eis que pra surpresa de todos, a adaptação do livro de Ted Chiang (que foi batizado por aqui de "A História da Sua Vida e Outros Contos"), "A Chegada" literalmente quebra esse paradigma que o gênero tem sofrido neste ano. 

A começo que temos na direção Denis Villeneuve ("O Homem Duplicado"), que ultimamente só tem feito películas realmente boas e que vem chamando atenção em diversos festivais por onde passa (lembando que ele atualmente comanda "Blade Runner 2"). Em seu elenco temos uma Amy Adams que tá praticamente com a mão no Oscar (em certo momento no penúltimo ato, temos a comprovação que ela é realmente ótima), um Jeremy Renner que chega a ser o alivio cômico, e um Forest Whitaker que ta competente, porém não marcante. 

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A trama é bem simples de se sacar a principio, pois ela mostra a professora linguística Louise Banks (Adams), que logo ao ser notificada de uma invasão de seres alienígenas, em naves com formato de "Ruffles", é convocada pelo governo dos Eua para traduzir o que eles querem dizer para os seres humanos. Logo ela acaba se juntando com a equipe de militares, e dentre eles o físico Ian Donnelly (Renner), onde aos poucos eles acabam percebendo que não será um trabalho tão simples.

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Durante a narrativa comandada por Villeneuve, ele consegue captar os estilos tanto de Kubrick (a ausência constante de trilha sonoras, envolta de um arco bem cabeça), uma fotografia escura e misteriosa (lembrando até mesmo o saudoso Hitchock), e as relações familiares a lá Spielberg, e os questionamentos a lá Terrence Malik ("A Árvore da Vida"). Ele soube dosar esses todos esses tópicos homeopaticamente durante a narrativa, onde nos acaba fazendo possuir um interesse maior pela trama cada vez mais e nos perguntar constantemente o real significado das mensagens dos extraterrestres. Porém já vou logo avisando, que pra quem vai ir achando que verá um longa no estilo "Guerra dos Mundos", você está indo com o pensamento errado, pois o principal propósito do longa é fazer você sair da sala de cinema se questionando sobre diversas discussões apresentadas (algo que raramente outra produção deste gênero, fez você sentir). 

"A Chegada" sem duvidas foi uma das maiores surpresas de 2016, e provavelmente encabeçara em diversas indicações ao Oscar (Filme, Direção, Atriz para Adams, Roteiro Adaptado e os técnicos). Agora se ele vai levar... Ainda é muito cedo pra julgar. RECOMENDO!


Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 27 de novembro de 2016

SNOWDEN - HERÓI OU TRAIDOR

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Que Oliver Stone se fincou como um dos principais cineastas responsaveis por retratar personalidades e casos envolvendo a politica estadunidense já não é novidade. Depois de obter sucesso transpondo as histórias sobre JFK, a queda das "Torres Gêmeas", e uma crítica acida aos bastidores de "Wall Street", Stone decidiu ir mais além e focou agora na história de uma das personalidades mas icônicas desta década: Edward Snowden. O jovem técnico de informática que trabalhou durante alguns anos na CIA, e que depois de ir contra alguns padrões e procedimentos realizados pela agencia, decidiu simplesmente soltar a tona todas essas informações para os maiores vínculos de comunicativos dos EUA.

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Porém o principal erro de Stone, foi ele ter adaptado a história como se fosse uma espécie de "novo 'A Rede Social'", pois o longa já começa com Snowden (Joseph Gordon-Levitt, de "A Travessia") com os três jornalistas mais respeitados dos Eua (vividos pelos ótimos, porém não muito marcantes aqui, Melissa Leo, Zachary Quinto e Tom Wilkinson), dentro de um quarto de Hotel onde ele iria repassar todas as informações que ele havia adquirido. Porém enquanto ele vai conversando com os mesmos, toda sua história é contada desde quando ele era um simples militar que sofreu um incidente que acabou quebrando suas duas pernas, até ele se tornar um analista da CIA e ir parar ali. 

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Fora deste erro apontado na narrativa, o enredo também peca pelo arco envolvendo Snowden e sua namorada, Lindsey (Shailene Woodley, de "A Culpa é das Estrelas"), pois ele basicamente serviu mais pra encher linguiça e trazer o arco "romântico/clichê" na trama. Em contraponto, a atuação de Levitt está mais uma vez ótima (é questão de tempo, para ele ter seu trabalho reconhecido), e ele tem momentos realmente bons na trama, e tirando o fato de ele ser extremamente parecido com o verdadeiro Snowden. Quanto a seus momentos com seus professores interpretados por Rhys Ifans ("Um Amor a Cada Esquina"), e Nicolas Cage (sim, ele fez uma ponta aqui!), digamos que o primeiro tem um dos melhores momentos do longa e ajuda bastante na carga de suspense e drama do longa. Enquanto ao segundo, fica mesmo a caga sarcástica e é o "principal álibi" do protagonista, com relação ao seus atos. 

Já quando o filme toca pra questão politica, vemos a enorme crítica que ocorre com relação a transposição do governo de George W. Bush, para o de Barack Obama (onde a narrativa deixa clara desde a principal proposta deste, era desde o inicio "derrubar todas as atividades ilegais, envolvendo a quebra de sigilo da população"). 

"Snowden: Herói ou Traidor" (subtitulo que nem o próprio Stone gostou que o Brasil deu), é mais um tipico longa que os fãs do trabalho do diretor irão gostar, quem é da área de computação/tecnologia vai gostar, quem é fã dos atores centrais vai gostar, só que quem não curte longas com certas pitadas politicas e afins, deverá passar longe, pois o longa não é recomendado pra você. Agora se você quiser saber mais a respeito de Edward Snowden, recomendo também que assista ao documentário, vencedor do Oscar, "Citizenfour", que é uma versão "menos dramática" do que foi apresentado aqui. 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 26 de novembro de 2016

ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM

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Parece que foi ontem, mas já fazem 15 anos da primeira vez em que assisti ao primeiro longa de Harry Potter nos cinemas. Tinha sete anos na época e lembro de ter ficado vislumbrado com tamanha qualidade que o filme possuía e também pelo simples fato que era o meu primeiro live-action nas telonas. A franquia se tornou tão apaixonante pra mim, que o bruxinho me acompanhou durante todos meus anos no colégio (começou em 2001 e acabou em 2011). Em seu capitulo final, confesso que chorei no desfecho "As Relíquias da Morte: Parte 2", pois uma parte de mim estava sendo finalizada juntamente dos meus anos no colégio. Porém foi uma enorme surpresa pra mim (e pra muitos fãs da saga), que o universo continuaria nas telonas, com roteiro de autoria da própria J.K Rowling e direção do próprio David Yates (que comandou os quatro últimos filmes da série). Eis que chegou o esperado dia de ver o longa, e por sorte ele cumpriu o que prometeu. 

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O enredo mostra o jovem bruxo Newt (Eddie Redmayne, de "A Teoria de Tudo"), que desembarca em Nova York, portando uma maleta que esconde os mais diversos animais do mundo da bruxaria. Porém ele acaba tendo um desencontro com o trouxa Kowalski (Dan Folger, de "Maldita Sorte"), onde este acaba descobrindo acidentalmente a existência dos animais fantásticos e dos bruxos. Só que durante toda esta confusão, uma das conselheira do ministério da magia, Tina (Katherine Waterston, de "Steve Jobs") acaba presenciando tudo e faz questão de leva-los para o mesmo, para arcarem com as possíveis consequênciasAo mesmo tempo ainda vemos mais dois arcos, que envolvem o misterioso Credence (Ezra Miller, o Flash/Barry Allen do cinema) e Graves (Colin Farrell, de "Presságios de Um Crime"), e um no mundo dos trouxas que cada vez mais quer acabar com ataques de bruxos no mundo, onde o arco fica por conta da relação da mãe de Credence, com um influente politico (Jon Voight, de "A Lenda do Tesouro Perdido"), cujo filho disputa uma eleição local. 

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De todos estes arcos apresentados, vemos que o mais intrigante e que me cercou com grande mistério perante toda a projeção, foi o de Farrell e Miller. Eu não esperava nada de ambos no longa, e ambos não só transpõem extremo suspense em cena, como é o também é a subtrama mais interessante. Quanto ao que todos queriam saber: Eddie Redmayne realmente serve para ser protagonista no universo bruxo? A resposta é sim! O ator não só encontra um ótimo timing e química com Folger e Waterston, como também nos faz desconfiar muito de suas verdadeiras origens.  Mas quem realmente acaba roubando a cena no longa em alguns momentos, é Alison Sudol (que interpreta Queenie, irmã de Tina). Ela consegue exercer homeopaticamente as funções de alívios cômicos e românticos com Folger. Ah e sim, Johhny Depp está brevemente no longa (pra tristeza de algumas pessoas).

Quanto a direção de Gates, devo dizer que o mesmo nos faz reviver toda aquela mágica no universo mágico de Harry Potter novamente. Seja na narrativa, onde somos apresentados aos mais diversos monstros (em uma computação gráfica extremamente competente), ou aos novos personagens deste mundo. Claro que pra quem leu todos os outros livros da série, ficará claro que o roteiro de Rowling possui uma enorme sensação de estarmos, de fato, lendo a um novo livro da série ao invés de vendo uma adaptação da mesma. Ela não perdeu tempo explicando pro público como funcionavam os feitiços, quais eram os cargos no Ministério da Magia, dentre outras coisas que pessoas "trouxas" não sabem. Deixou tudo de uma forma como se nós já fossemos cidadãos do universo dela. 

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" é sem duvidas um dos melhores longas do ano, e um ótimo retorno do universo mágico de Harry Potter, pelo qual alguns fãs terão de imediato a vontade de retornar a ler os livros da "primeira série" de Rowling, e torcer logo pra chegada do próximo longa. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 13 de novembro de 2016

DEMOLIÇÃO


O canadense Jean-Marc Vallée ganhou um enorme reconhecimento há cerca de três anos, quando dirigiu "Clube de Compras Dallas", que rendeu o Oscar de atuação para Metthew McCaunagay e Jared Leto. No ano seguinte ele lançou o divertido "Livre, que rendeu também renderam indicações para as atrizes Reese Witherspoon e Laura Linney. Agora ele lançou seu terceiro longa, pós "maratona do Oscar", onde eu como cinéfilo criei certa expectativa com o canadense. "Demolição" tem o mesmo principio dos outros longas, onde temos como protagonista Davis (Jake Gyllenhaal), que é completamente metódico e tem sua vida transformada completamente depois da morte da esposa Julia (Heather Lind), um acidente de carro. Aos poucos a vida dele vai começando a decair, e depois de uma conversa com seu sogro (Chris Cooper), ele repara que poderá suportar a dor começando a quebrar e destruir as coisas que lhe da na telha. No meio destas manias, ele acaba conhecendo Karen (Naomi Watts), que acaba fazendo nascer uma estranha amizade dentre eles. 

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Apesar da química de ambos os atores ser realmente plausível, ambos não conseguem entrar na tonalidade que o longa quer transpor. Ele com o problema da perda, ela com o das drogas, ok, mas faltou mais emoção neste arco. O grande peso do longa fica por conta dos encontros de Davis e seu sogro (cujo penúltimo ato dentre eles chega a ser o ponto forte da película), e o filho de Karen (Judah Lewis). Mesmo assim, o roteiro de Bryan Sipe é realimente congruente com a situação de uma pessoa que perde um ente querido de forma inesperada. O dia a dia, a decadência, os comportamentos estranho e por ai vai. Isso Vallée acertou em cheio em focar nos dois primeiros arcos do longa, porém quando ele começa a se relacionar mais com Karen e o filho dela, o longa meio que perde o foco que ele tinha antes e meio que prepara um campo pro clichê (que não é bem um clichê, no final das contas). 

"Demolição" tinha tudo pra ser mais um longa interessante de Vallée, mas é o seu longa mais fraco destes outros dois mencionados no inicio da analise, e o mesmo pode se dizer do recente currículo de Gyllenhaal e Watts. 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

TEM NA NETFLIX: O DESPERTAR DE UM HOMEM

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A dica da semana vai pro clássico que fez de certa forma, alavancar a carreira do Leonardo DiCaprio (porque foi quando ele trabalhou com Robert DeNiro, que aconselhou o amigo Martin Scorsese a "ficar de olho no jovem DiCaprio"). Aqui ele vive o adolescente rebelde Toby, que vive com a mãe (Ellen Barkin) em constantes mudanças de cidades pelos Eua. Porém na última vez, ela acaba conhecendo o galã Dwight (DeNiro), que mostra ser um ótimo namorado e amigo em um primeiro momento. Só que desde o inicio, Toby não se acanha em demonstrar que não gosta deste e vice-versa. Depois que sua mãe se casa, as coisas começam a realmente a mudarem. Conforme os dias se passam, ele começa a mostrar uma personalidade mais obsessiva e lunática com o enteado, e com a sua própria esposa.

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O longa se tornou um marco no cinema, pois até hoje muitos longas se inspiram nele quando abordam relações de padastro/enteado (como no recente "Boywood"). A química dentre DeNiro e DiCaprio é realmente impressionante, pois nós vemos que a expressão de ambos aborda uma enorme rivalidade, enquanto Barkin é uma mera figurante dentre os dois. Enquanto o primeiro fuma, bebe, fica causando rebeldias fora de casa, o segundo já é mais rígido e possui um estilo mais clássico e militar e começa aos poucos domar o enteado da sua forma. É nessa hora que os conflitos começam a ocorrer. Nisso a direção de Michael Caton-Jones (do fraco "Instinto Selvagem 2") foi extremamente competente, pois ele soube domar exatamente a tonalidade necessária para dar destaque para essas duas feras.

"O Despertar de um Homem" é mais um grande clássico perdido no catalogo da Netflix que é uma ótima pedida para se conferir neste feriadão e até mesmo nesta semana (que é aniversário de DiCaprio).

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 8 de novembro de 2016

O HOMEM NAS TREVAS

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Fede Alvarez já tinha chamado a atenção de alguns cinéfilos, por ter dirigido o reboot de Evil Dead - A Morte do Demônio (que particularmente, eu gostei). Três anos depois, ele volta as telas com "O Homem nas Trevas", cuja premissa original foi o principal chamativo do longa. Aqui temos o trio de Money (Daniel Zovatto), sua namorada Rocky (Jene Levy, que trabalhou com o diretor no citado) e Alex (Dylan Minnette), que são habilidosos ladrões de residencias. Porém como eles estão cansados de roubar somente objetos de valor, o primeiro sugere que eles roubem a casa de um militar cego (Stephen Lang, o vilão de "Avatar"), pois lá ele acredita que ele esconda uma grande quantia em dinheiro vivo. Sem outra opção, o trio decide seguir a sugestão. Então ao chegarem no local, eles descobrem que o roubo não será exatamente da forma na qual eles imaginavam.

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O destaque no roteiro de Alvarez é que em momento algum chegamos a prever exatamente o que vai ocorrer. Seja posteriormente em algum momento que soe clichê, ou até mesmo na incrível reviravolta que ocorre nos 20 minutos finais. Em sua direção, ele opta por trabalhar mais as sequencias na escuridão, onde nós temos os quatro atores dentro da casa, a noite, em um total breu na maioria das cenas. Isso só serviu pra aumentar mais a tensão dentre os protagonistas e fazer o público ficar afoito do que vai ocorrer. Deste elenco principal, quem realmente é o grande nome é o veterano Lang. Ele já havia realizado um ótimo trabalho como o vilão de "Avatar", aqui absorve bem a persona do militar cego, que realmente acaba até dando medo só de olhar na cara dele. Quanto ao trio principal, todos eles estão realizando um ótimo trabalho, e destaque pra Levy que não caiu no padrão feminino em produções de suspense (ficar só gritando, sendo a donzela em perigo e fazer nada além disso).

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"O Homem nas Trevas" é sem dúvidas uma das surpresas de 2016, onde é mais um daqueles suspenses que não deve deixar de ser conferidos pelos cinéfilos e fãs do gênero. Fora que é mais um sinal de esperança, de que ainda há um pouco de originalidade no cinema (tomara que não fiquem tirando sequencias deste longa, também...). RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

TEM NA NETFLIX: UMA NOITE DE CRIME

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Depois de um tempo ausente com o quadro, voltei a publica-lo com a indicação do suspense "Uma Noite de Crime". Como muitos de vocês já devem saber, o longa ganhou mais dois filmes nos últimos três anos (sendo que o último passou nos cinemas há umas duas semanas). Porém diferente de franquias como "Jogos Mortais" e "Sexta-Feira 13", "Uma Noite de Crimes" tem como principal qualidade a inovação em suas sequencias, em outras palavras, mesmo tendo uma mesma "ideia central" os arcos são diferentes.

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Neste primeiro a trama se passa alguns anos no futuro, onde nós temos como protagonistas centrais uma família, cujo patriarca (Ethan Hawke) é responsável pela firma que realiza a segurança de diversas residencias, com o principal propósito de protege-las no dia do expurgo. O objetivo do evento é deixar os EUA a merce de qualquer crime durante uma noite, onde segundo o governo do mesmo é uma ótima forma de mover o mercado e a economia local. Nada de policiamento, hospitais e bombeiros, durante 12 horas todos estão a merce dos criminosos. Porém no meio da noite, o caçula da família (Max Burkholder) acaba vendo nas câmeras de segurança um rapaz pedindo ajuda e acaba o colocando para dentro de casa. Só que ele não imaginava que os psicopatas de plantão estão doidos para pega-lo, e farão o possível para conseguir isto. 

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O diretor e roteirista James DeMonaco, estabelece um interessante arco crítico ao governo estadunidense, assim como não deixa de criar tensão por cima disto ao mesmo tempo. Ele aborda o quão importante é o dinheiro deles, ao bem estar da população (quanto mais mortes de pessoas de classe baixa, menos gastos governamentais). Já no clima de tensão, vemos que ele conseguiu aproveitar e bem o único cenário do longa, onde não conseguimos desgrudar a cara da tela em um momento sequer.

Quanto aos atores, o protagonista vivido por Hawke estabelece uma atuação que nos faz torcer para seu personagem chegar vivo no desfecho da película. Sua química dentre os atores que compõe sua família, é outro tópico forte. Inclusive quem rouba a cena é Burkholder, pois o olhar e cara de psicopata do garoto (que se iguala aos dos próprios invasores), nos faz desconfiar a todo momento de seus atos. 

"Uma Noite de Crimes" é uma ótima e interessante pedida para os fãs do gênero suspense, e que querem algo novo para ver no catalogo da Netflix. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 5 de novembro de 2016

QUANDO AS LUZES SE APAGAM

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Sabe aqueles filmes que ficam enchendo linguiça, somente para fazer-nos entrar mais na história e passar mais tempo com os personagens familiarizando com os mesmos, para ficarmos putos ou felizes com seu desfecho? Pois é exatamente o que não ocorre com "Quando as Luzes Se Apagam", que ganhou bastante notoriedade por ser produzido por James Wan (responsável pela franquia "Invocação do Mal"), com base em um curta de 2013 (que posteriormente ganhou uma série de cópias pela internet, onde mostrava uma mulher sendo surpreendida por um mostro na escuridão), que foi dirigido e escrito por David F. Sandberg (que também é exerce essas funções aqui).

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A trama acompanha a jovem Rebecca (Teresa Palmer, de "Um Faz de Conta Que Acontece"), que desde jovem se distanciou da mãe (Maria Bello, de "Gente Grande"). Mas depois da precoce morte de seu padastro (Billy Burke, o Pai da Bella do "Crepúsculo"), ela acaba indo realizar uma visita a mesma, que aparenta não estar bem mentalmente. Então ela descobre que seu irmão mais novo (Gabriel Baterman, de "Annabelle") denota a presença de uma criatura misteriosa pela casa, sempre que as luzes da casa se apagam. É então que ao leva-la para morar com ela, que a mesma passa a acompanhar os dois e o resto já deduzimos que vai ocorrer.

Nos primórdios do longa, pensei em estar assistindo a uma nova produção bem no estilo de "O Chamado", só que já na metade vemos que apesar de alguns tópicos clichês do gênero, que ele é um bom longa de terror/suspense. A começar que Bello rouba o filme como a mãe louca, e não precisa de muita ajuda em cena para deixar essa expressão clara, o que acabou rendendo uma ótima química com Palmer (fora a semelhança entre as duas). Sua protagonista segura bem o longa, e soube ser uma protagonista sem soar banal. Porém seu par vivido por Alexander DiPersia, representa exatamente o oposto. Banal e clichê, seu personagem ta na narrativa mais pra encher linguiça e falar que ela não é solteirona. Até Baterman se saiu melhor que ele.

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A competente direção de Sandberg nos faz ir direto ao ponto, não enrola, não cria muitos clichês e vai direto ao ponto. Ele usa e abusa da fotografia escura do longa, para criar diversos arcos de suspense em sua narrativa. 
"Quando As Luzes Se Apagam", é um ótimo exemplo que James Wan conseguiu se consagrar como um dos principais nomes no suspense. Mesmo seus longas não causando medo ou até mesmo os conhecidos "scare jumps", as escolhas de suas produções são sempre as melhores.

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

DOUTOR ESTRANHO


Há quase sete anos o universo cinematográfico da Marvel, vem fincando como uma das mais promissoras franquias do cinema. Depois de exercer duas fases com tremendos sucessos e produções de qualidade, eis que o primeiro da terceira fase, "Doutor Estranho", chega aos cinemas causando um tremendo alvoroço. Primeiro porque o protagonista é vivido pelo queridinho dos Geeks e cinéfilos: Benedict Cumberbatch (que na televisão interpreta o detetive Sherlock Holmes, e é dono de uma voz tão marcante quanto a do Morgan Freeman); Segundo que sua fotografia e efeitos visuais são de extrema qualidade; E o terceiro que o personagem é um dos principais nomes dos quadrinhos da Marvel. Porém ao termino da  película, vemos que apesar dela cumprir o que prometeu, a mesma continua seguindo os "Padrões Cinematográficos Marvel". 


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A começar que a história de origem é relativamente muito bem narrada, onde vemos Stephen Strange (Cumberbatch) sendo um dos principais nomes da medicina e consegue resolver qualquer problema médico que lhe é proposto. Porém quando ele sofre um acidente de carro, ele acaba perdendo o movimento das mãos, o que o faz desesperadamente procurar por alguma cura. Depois de todas as tentativas da medicina falharem, ele decide fazer uma viagem com o propósito de descobrir alguma cura. Em uma de suas trilhas, ele esbarra com o misterioso enclave Kamar-Taj, em Katmandu, onde os misteriosos Mordo (Chiwetel Ejiofor, que já trabalhou com Cumberbath em "12 Anos de Escravidão") e Anciã (Tilda Swinton, de "As Cronicas de Narnia"), lhe mostram que o local não é somente uma casa de cura, mas sim uma linha de frente contra forças malignas misticas, onde somente truques de magia são capazes de detê-los.

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Nesse desenvolvimento do protagonista, ele se assemelha e muito com Tony Stark, no primeiro "Homem de Ferro" (o cara metidão e rancoroso, que gosta de uma garota e conforme ele amadurece, vai aprendendo uma lição (praticamente o enredo de um filme do Adam Sandler)). Vemos que Benedict realmente nasceu para o papel, e que seu carisma é realmente um dos pontos altos do longa. Seus momentos com Ranchel McAdams ("Spotlight"), que vive seu interesse amoroso não são só ótimos, como também são de alivio cômico para o longa (uma delas, lembra e muito o primeiro "Homem de Ferro"). A personagem da Tilda tem um mistério meio suspeito envolto dela, que é outro dos pontos fortes do longa. Ejiofor e Benedict Wong (que trabalharam ano passado juntos, em "Perdido em Marte"), estão competentes no papel e o segundo chega a roubar algumas cenas, com alguns momentos de alivio cômico. 


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Porém quando somos apresentados ao vilão principal da trama (Mads Mikkelsen, de "007 - Cassino Royale") é o momento que nos tocamos o quão genérico o estúdio ainda está em alguns pontos. O motivo dele é tão banal e batido, que em momento algum vemos algo realmente ameaçador nele pra torcemos pro Strange acabar com ele (só espero que Thanos não seja tão ruim assim).

Agora no quesito direção, Scott Derrickson (que também assinou o roteiro com Jon Spaihts e C. Robert Cargill) foi extremamente competente em seus arcos. Ele soube apresentar claramente quem era Stephen Strange, as consequências de seu acidente (que foi um dos pontos altos do longa) e seu desenrolar até se tornar um mago supremo. Momentos cômicos (incluindo quando o Tio Lee aparece) e dramáticos são bem dosados também, e não atrapalham o desenrolar do enredo. Os efeitos visuais e a fotografia estão realmente incríveis (como acidentalmente, acabei vendo a versão 2D, não posso falar sobre o 3D), e não duvido que leve algum Oscar técnico no próximo ano.

"Dr. Estranho" é basicamente um reboot do primeiro "Homem de Ferro", onde vemos que a Marvel mais uma vez conseguiu acertar, usando exatamente a mesma fórmula de suas produções anteriores. Só que espero que até 2018 (quando o universo completa 10 anos, e teremos o lançamento de "Guerra Infinita"), eles pelo menos acrescentem ou mudem algo nesta fórmula, pois vai chegar uma hora que esse estilo vai acabar cansando todos nós. RECOMENDO!

Obs. 1: O longa tem duas cenas pós créditos, que são de extrema importância pros próximos filmes da Marvel.
Obs. 2: Como por conta de um imprevisto incidente no cinema em que frequento ter ocorrido, acabei vendo a versão 2D, Dublada. Por favor, evitem ao máximo a segunda, pois ela não está viável a qualidade da película (principalmente a voz da Ranchel McAdams).

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

A GAROTA NO TREM

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Desde que foi lançado o trailer de "A Garota no Trem", a principal jogada do longa foi que ele seria o novo "Garota Exemplar". A mesma estratégia foi utilizada em seu livro, escrito pela escritora estadunidense Paula Hawkins e vinha com o Slogan em sua capa "Se você gostou de "Garota Exemplar", vai adorar esse Thriller psicológico". Porém como eu ainda não cheguei ao desfecho da obra, e já vi a sua adaptação para as telonas eu só posso garantir uma coisa: a semelhança está SOMENTE na narrativa não linear, e não no enredo. 

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A trama começa mostrando o perfil de três mulheres distintas, onde a primeira é Rachel (Emily Blunt, de "No Limite do Amanhã"), uma alcoólica depressiva que sofre com seu divorcio e o fato de não poder ter filhos. Todos os dias ela pega sempre o mesmo trem, e tem como costume observar a vida das pessoas nas casas por onde ele passa, e sempre deixou claro a idolatração por um casal especifico. Ele é composto pela segunda, que é Megan (Haley Bennett, de "Sete Homens e um Destino"), que vive com seu conjugue Scott (Luke Evans, de "Velozes e Furiosos 6") e sofre por ir contra o principio de ter uma família. Ela trabalha como babá para a mesquinha Anna (Rebecca Ferguson, de "Florence, Que Mulher é Essa?"). Esta é a terceira, onde vemos que ela é casada com o ex-marido de Rachel (Justin Theroux, de "Zoolander 2") e tem uma filha pequena. Porém a vida das três se interliga, quando a segunda desaparece misteriosamente, fazendo Rachel se meter nas investigações por conta própria. 

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A narrativa proposta pelo diretor Tate Taylor ("Histórias Cruzadas") deixa claro que o tempo todo o longa vai se intercalar dentre as três protagonistas e "tudo o que acontece tem um porque". No livro é exatamente assim que os arcos são apresentados, porém Taylor pecou bastante em achar que estava contando a mesma história que "Histórias Cruzadas". O suspense e tensão deu lugar pra uma tremenda novela mexicana nos arcos centrais, e damos graças que ele tinha um verdadeiro e competente elenco em mãos (que salvaram o longa), pois sua direção fez o longa ficar meio chato em determinados momentos e serviu para desperdiçar uma ótima chance de promover uma narrativa diferente (onde constantes flashbacks, servem como descobertas dos fatos mostrados em tela). 

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Chega de falar desse cara (que pelo visto não vai fazer outro suspense tão cedo), vamos falar sobre a Emily Blunt. Aqui ela literalmente entrou de cabeça no papel e desde sua primeira cena, vemos que ela trabalhou tanto no seu visual, quanto voz, andar, gestos e não lembrava sequer da Blunt que conheci há 10 anos em "O Diabo Veste Prada" (flahsbacks contantes no longa, já servem como um exemplo). Aqui ela tem três momentos onde mostram que ela é um dos grandes nomes do cinema atual, e possivelmente figurará entre as indicadas ao Oscar e Globo de Ouro no próximo ano (não sei se ela ganha, pois falam que a Amy Adams poderá finalmente ganhar, depois de 6 indicações sem vencer). Quanto a suas contrapontos, Ferguson é outra que tem o maior destaque, pois sua personagem não só é uma forte contraponto para Blunt, como também desconfiamos dela o tempo todo. Já Bennet (onde os desatentos, vão pensar que é a Jennifer Lawrence) cumpre bem o seu papel como a "garota desaparecida/Famme Fatale", mas nada que seja páreo para as então citadas. 

"A Garota no Trem" é um mero exemplo de que quando um estúdio escala o diretor errado para um longa, uma ótima história acaba caindo pra escanteio e o público acaba sendo brindado com algo que não era da mesma fórmula apresentada pelo roteiro (ou no caso livro). 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 23 de outubro de 2016

O CONTADOR

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Sabe aqueles filmes onde você meio que desconhecia da produção durante certo tempo, até quando soltam o primeiro trailer e você começa a ficar extremamente ansioso não só pelo seu elenco estrelar, mas sim pela originalidade de sua história? É exatamente o que acontece com "O Contador", novo longa do diretor Gavin O'Connor (de "Força Policial"), onde a sua principal surpresa fica por conta de seu roteiro extremamente diferente e intrigante, que nos é mostrado como um verdadeiro jogo de quebra-cabeças.  

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A trama apresenta a história de Christian Wolf (Affleck), que desde pequeno foi diagnosticado com a síndrome de Savant, onde a mesma a faz ter uma maior afinidade por detalhes e números ao invés de com pessoas (como se fosse um tipo de autismo). Ele trabalha como contador em uma pequena firma, porém o que ele esconde é o fato de trabalhar na função para mafiosos, traficantes de drogas, armas e outras das pessoas mais perigosas e procuradas do mundo. Sendo visto como um potencial suspeito de alguns crimes, o Departamento Criminal do Ministério da Fazenda, liderado por Ray King (J.K. Simmons, o novo Tenente Gordon no novo "Batman" do próprio Affleck), decide colocar a novata Marybeth Medina (Cynthia Addai-Robinson) como principal investigadora no caso e aos poucos ela vai descobrindo que Wolf vai muito além de um simples contador. Enquanto isto, este começa a trabalhar como contador de uma famosa firma de próteses humanas e acaba descobrindo uma enorme discrepância cometida pela mesma, fazendo ele e sua colega de trabalho (Anna Kendrick, de "Os Caça-Noivas") entrarem em um conflito pelo qual eles jamais imaginavam. 

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Affleck já tem certa fama de não ser um bom ator, pois ele sempre possui a mesma expressão depressiva e pálida na maioria de seus longas. Porém aqui ele não só atua bem, como também aproveita dessa sua fama mencionada (além da recente, de ser o novo Homem-Morcego), pra aplicar em seu personagem e realizar uma puta atuação no longa (que não duvido que figure no Globo de Ouro ou até mesmo no Oscar). Seu contra ponto no longa, vivido por Berthal é outro ponto positivo, pois ele exerce o tipico vilão "sarcástico" que não tem piedades de ser mal (o que inclusive faz ele causar os principais momentos de suspense do longa). Quanto a Kendrick, ela ta mais aqui pra ser um verdadeiro alivio cômico na produção, pois suas cenas com Affleck são aquelas "engraçadinhas" que rolam pra deixar o enredo mais calmo. Quanto a Simmons e John Lithgow ("Interestelar"), eles cumprem seu papel e ambos arrasaram em momentos chaves envolvendo seus personagens.  

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A competente direção de  Gavin O'Connor soube dosar completamente estes momentos citados, onde ele aproveitou e muito bem o roteiro Bill Dubuque (que roteirizou também o ótimo "O Juiz"), e tratou de deixar bem clara a explicação da síndrome possuída pelo protagonista logo em seu prólogo, assim como os breves plot-twists que rolavam na trama.

"O Contador" sem dúvidas é uma das melhores surpresas de 2016, pelos quais em seus créditos finais temos uma enorme e feliz sensação de que o cinema não está morrendo, mas na verdade "evitando" de arriscar em enredos originais e ótimos como este. RECOMENDO!

NOTA: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet