terça-feira, 31 de janeiro de 2017

BELEZA OCULTA

Beleza Oculta : Poster

Em menos de cinco minutos de projeção logo se denota o tamanho relaxo por parte da Warner, com relação a película: ela se passa na época de natal, e quando lançam no Brasil? No final de janeiro (enquanto no último mês, só tivemos uma fraca fita com a temática, lançada em nossos cinemas). Porém quando chegamos ao seu desfecho, vemos mais outro atrito pelo qual "Beleza Oculta" foi vitima: diversas pré indicações e uma acabou sendo considerada, no Framboesa de Ouro (que premia os piores filmes do ano), de pior elenco. Francamente deixando o gosto pessoal de lado, eu analisei cada detalhe do longa e devo concordar com só um tópico, que a única desperdiçada no elenco foi a Kate Winslet, pois ela foi posta em um arco, que tava mais pra preencher lacuna, do que fazer diferença pra trama.

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A história gira em torno do empresário Howard (Will Smith), que depois de uma tragédia pessoal, passa a viver de forma isolada de todos. Seus funcionários e amigos Whit (Edward Norton), Claire (Kate Winslet) e Simon (Michael Peña), decidem então procurar investigar a fundo o que realmente está se passando com ele. É quando eles descobrem que ele escreve cartas aleatórias para três sensações da vida que são a morte, tempo e o amor. É quando Howard começa a receber as os inesperados encontros com estas sensações, em diversos momentos destintos, o que farão refletir sobre a sua vida. 

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O diretor David Frankel ("Marley e Eu") sabe como trabalhar dramas pessoais e o amadurecimento de seus personagens perante determinadas situações delicadas. Ele já fez isso no citado, e em longas como "Um Divã Para Dois", e aqui ele trabalha o mais foco nos personagens de Smith e Norton, onde o segundo possui mais tempo em tela e serve como um interessante contra ponto (além da química boa entre os dois). Agora quando o Norton está com Wislet e Michael Peña ("Homem Formiga"), ele não possui essa mesma transposição. Porém quando este trio, se relaciona com os atores que interpretam os sentimentos (Helen Mirren, Keira Knightley e Jacob Latimore), vemos que o apenas o arco envolvendo Winslet e Latimore, além de ser o mais fraco é o mais besta dos três. Enquanto os mais divertidos ficam por conta de Mirren (que rouba a cena) com Peña e Norton com Knightley. 

Quanto em relação ao roteiro de Allan Loeb, ele conseguiu promover uma originalidade parcial no longa, só que infelizmente ele acabou colocando alguns clichês habituais do gênero (Pai que não se da com a filha, mulher querendo ter filhos e por ai vai), onde já sabemos a solução mesmo sem ter visto a produção (e que acabou estragando ela um pouco). Quanto a parte de fotografia do filme, ela enaltece cada vez mais o cenário natalino presente no cenário, e foca muito em colocar Smith sempre envolto em uma fotografia mais escura e depressiva (representando os sentimentos de seu personagem, numa forma mais aquém do que é mostrada). 

"Beleza Oculta" é um ótimo exemplar de película que aborda como se deve se lidar com a perda, mesmo que seja através de um empurrãozinho de seus verdadeiros amigos, e que quando você menos espera, descobre que tudo começa a faze sentido. RECOMENDO! 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

JACKIE

Jackie : Poster

A academia do Oscar adora colocar dentre seus indicados, longas que remetem a personalidades politicas mundiais. Já premiaram as histórias sobre a Rainha Elisabeth ("A Rainha"), sobre seu pai Rei George ("O Discurso do Rei"), e agora colocaram dentre os indicados "Jackie", que mostra a esposa do falecido ex-Presidente John F. Kennedy, vivida pela ótima Natalie Portman, em uma entrevista para um jornal, pelo qual ela narra como foram as horas posteriores a este atentado e como sua vida mudou.

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Francamente a indicação de Portman para o Oscar deste ano e outras diversas premiações foi extremamente justa, ao meu ver. É difícil não se emocionar com ela, na sequencia onde ela conta pros filhos que o Pai delas não irá mais voltar (só por esta cena, eu já dava o Oscar pra ela). Outro que também conseguiu ter um ótimo momento em cena foi Peter Sarsgaard, no papel de Bobby Kennedy, e foi o que mais ajudou Jackie nas questões politicas. Foi bacana também ver um dos últimos papeis do recente finado John Hurt, que faz um Padre pelo qual aquela se confessa constantemente. 

Agora a película em contexto geral é bem fraca, e o diretor Pablo Larraín só a deixou mais cansativa. O tempo todo ele coloca a câmera pra cima da cara dos atores e soa que ele está tentando intima-los a tirar uma ótima atuação, ao invés de deixa-los mais a vontade. Os constantes closes em Portman nas sequencias de choro, não deixam o público mais emocionado ou intrigado com a história (pelo qual todos nós já sabemos), mas sim bastante enjoados de ver a trama. O que ajuda mesmo na narrativa, é a trilha sonora, pelo qual a sinfonia representa o abismo que a família Kennedy acabará de cair, e a fotografia que remete cores depressivas que causam o mesmo efeito citado. 

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"Jackie" acaba sendo no final das contas mais um filme politico que merecia ter sido melhor trabalhado na parte técnica, ao invés de ter sido feito da forma mediana na qual foi executado, onde somente foi segurado pelas atuações de seu elenco principal.

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR


Há alguns meses este longa vinha sido cotado a diversas indicações no Oscar, principalmente nas categorias de Filme e direção. Ao vencer o Globo de Ouro, como melhor longa dramático, esta previsão já se tornou certeira e ele acabou figurando dentre os oito deste ano. Só que "Moonlight: Sob a Luz do Luar" está um pouco mais acima de "Estrelas Além do Tempo", quando se trata em abordar o preconceito nos Eua. 



Aqui acompanhamos a história do tímido garoto Chiron, onde desde criança sofreu com o preconceito de ser negro, e na transição da vida de adolescente para a adulta se descobre homossexual. Aqui ele foi interpretado pelos atores Alex R. Hibbert (com nove anos), Ashton Sanders (com 16) e Trevante Rhodes (com 26). Não, não se trata de outra produção no estilo de "Boywood", mas sim uma com três "esquetes" que mostram cada faze da autodescoberta de Chiron, onde os três atores que o interpretam estão realmente ótimos. Porém que acaba roubando a cena, é Mahershala Ali (da série "Luke Cage"), onde vive o conselheiro do garoto e lhe passa segurança durante a infância, e que acaba conquistando o carinho do espectador, mesmo aparecendo pouco. Sem duvidas, que esta atuação vai lhe render o Oscar de melhor ator coadjuvante. O mesmo se pode dizer de Naomi Harris ("007 Contra Spectre"), que vive a mãe biológica, e drogada de Chiron (porém nos faz sentir ódio dela). Ela tem uns dois momentos cruciais no longa, onde pensamos seriamente se ela não vai roubar o Oscar da Viola Davis (por "Fances").

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A direção de Barry Jenkins foi extremamente competente, onde ele não apela muito na abordagem do homossexualismo do personagem a ponto de deixar o espectador muito incomodado. Ele também soube trabalhar o psicológico do seu protagonista com relação a nós, pois sentimos junto com ele toda a amargura, tristeza e medo que ele aparenta em cena. Ele apelou também pela fotografia com excessos nas cores azul e vermelho, que enaltecem mais o assunto do longa.

"Moonlight: Sob a Luz do Luar" é uma produção que foi feita pra estar mesmo no Oscar, e com toda certeza deve ser assistida por diversas pessoas que curtem o estilo de produção.

Indicações ao Oscar: Filme, Direção - Barry Jenkins, Ator Coadjuvante - Mahershala Ali, Atriz Coadjuvante - Noami Harris, Roteiro Adaptado, Fotografia, Edição e Trilha Sonora. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 29 de janeiro de 2017

HORIZONTE PROFUNDO - DESASTRE NO GOLFO

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Filmes com alguma catástrofe ou desgraça já são feitos de forma exaustiva no cinema. Seja um longa do Michael Bay, ou até mesmo algum filme qualquer da Marvel. O que muitos destes longas tem em comum (além de mostrar os Eua salvando o dia no desfecho), e consequentemente acabam perdendo público conforme avançam suas produções, são a falta de "lógica e conteúdo" na trama, pois logo de cara eles já apresentam uma enxurrada de efeitos visuais e ação desenfreada. Porém esse foi o principal erro na divulgação de "Horizonte Profundo", que o vendia como mais uma mero longa neste estilo, e nada mais. Só que ao conferir a trama, vejo que não era nada disso.

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A trama foca na história verídica dos funcionários da bacia petrolífera no Golfo do México, onde em dezembro de 2010, um erro no calculo da perfuração, a mesma acabou sofrendo um enorme vazamento petróleo, que resultou no maior acidente na área no mundo até hoje. Confesso que no inicio a trama chegou a me lembrar um pouco enredo de "Mar em Fúria" (longa que o protagonista aqui, Mark Walhberg, também atuou), por causa da tensão criada em alto mar, intercalando com o drama das famílias em terra. O roteiro de Metthew Michael Carnahan ("Guerra Mundial Z") e Matthew Sand ("Ninja Assassino"), procurou dosar de forma bem clara as consequências do acidente, e a personalidade de cada individuo envolvido na questão. 

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Eles souberam colocar Mark como um ótimo e interessante protagonista (mas não foge do padrão dos seus outros longas no gênero), e tem uma breve e boa química com Kate Hudson (cujo padastro Kurt Russel, atua junto dela, pela primeira vez na carreira de ambos). John Malkovich chega a ser um dos nomes mais fortes no elenco, pois ele vive o personagem que é o verdadeiro "responsável" pelo acidente e o mais antipático de todos. Porém o arco que ele está envolto, não o torna uma presença desperdiçada (onde acho que se fosse outra direção, teria sido). 

A direção competente de Peter Berg é boa mediante os arcos apresentados, onde ele soube criar arcos bons durante a sequencia do acidente (onde os efeitos visuais não são tão dignos de Oscar, como falam). Só que ele exagerou na dose de patriotismo nos últimos arcos do longa, e naquelas frases clichês do gênero (como "se você não for, eu não vou!", "vai por mim, vamos conseguir!"), e aquela essência de original do longa se perdeu um pouco.

"Horizonte Profundo - Desastre no Golfo" é uma ótima pedida pros fãs de ação e do estilo catástrofe, onde em seu desfecho ainda vemos que ainda há salvação no gênero, que um dia já foi conhecido por ser bom.

Indicações ao Oscar: Efeitos Visuais e Edição de Som 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 28 de janeiro de 2017

ESTRELAS ALÉM DO TEMPO

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Este longa sem duvidas entrará pra história do Oscar, como um dos filmes mais sem motivos de estarem figurando na categoria principal. O enredo ta chapado de clichês, alguns personagens que não tem sal, sequencias que apelam pro exagero máximo com o propósito de tirar algum forte momento dramático pros atores em cena e por ai vai. Não estou falando que "Estrelas Além do Tempo" é uma produção ruim, muito pelo contrário, ela é boa, só que sua execução em momento algum era pra tamanho reconhecimento (em seu desfecho, só conseguia pensar que ele vai se tornar é mesmo um futuro clássico da "Sessão da Tarde").

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O enredo conta a história de três amigas Katherine (Taraji P. Henson), Doroty (Octavia Spencer) e Mary (Janelle Monáe), que além de serem muito unidas e inteligentes, trabalharam em diferentes funções na Nasa. Só que no ano em que elas trabalham, os Eua estavam mergulhados no preconceito, onde os negros e mulheres não tinham direitos como homens e brancos. 

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O tema é bem delicado, e já existem milhares de enredos que exploram este tema. Porém o que o diretor/roteirista Theodore Melfi e fez mediante esta situação? Entupiu de arcos no estilo "Sessão da Tarde", com o propósito de cativar o público. Aqui temos um Jim Parsons sendo um "Sheldon Cooper na Nasa", uma Kristen Dunst com uma personagem sem sal e um Kevin Costner que tava bem no papel, até o colocarem em uma sequencia completamente besta (que não vou soltar, pra não dar Spoilers), e um trio central que possui uma boa química e bons momentos perante o preconceito que cada uma sofre dentro e fora da Nasa. 

"Estrelas Além do Tempo" é mais uma história que aborda o violento racismo que os Eua viviam no passado, e cumpre bem isso. Só que no quesito inovação, a película realmente não convence.

Indicações ao Oscar 2017: Filme, Atriz Coadjuvante - Octavia Spencer e Roteiro Adaptado. 

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

ALIADOS

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Não é novidade que Brad Pitt e Marion Cotillard são um dos nomes mais fortes do cinema. Ambos possuem um Oscar, conseguem mudar seus estilos de longa com facilidade, e sempre estão em produções que são de qualidade. O mesmo pode se diz sobre o verdadeiro "Forrest Gump", Robert Zemeckis, que sabe como contar uma boa história. Seu último longa, "A Travessia", tinha se destacado por este estilo de narrativa, e com seu novo longa, "Aliados", ele não foge desse paradigma. 

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Aqui temos a dupla de agentes composta pelo agente canadense Max (Pitt) e a francesa Marianne (Cotillard), onde depois de realizarem uma missão juntos na Alemanha dominada pelo nazismo, acabam se apaixonando e casando. Ao passar dos anos, Max acaba sendo convocado pela sua agencia, pelo qual é avisado que Marianne na verdade é uma espiã russa, e que ele deverá elimina-la nas próximas horas, caso contrario, ambos serão mortos.

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Não, não estamos com um novo exemplar de "Sr. e Sra. Smith", pois o enredo envolvendo ambos está mais voltado para o lado suspense/dramático (ao contrário do outro, que apelava mais para a comédia de ação). O roteiro de Steven Knight ("Pegando Fogo") soube como trabalhar os clichês, e não acabou exagerando como qualquer outra película do estilo faria. Porém como o trabalho dele ficou nas mãos do Zemickis, ele soube fazer o principal que é fazer o publico se simpatizar com o casal protagonista (destacando que durante boa parte do filme, ele é falado em Frances (que curiosamente Brad aprendeu com a própria Marion o idioma)), para depois partir pra premissa do longa. No quesito de fotografia, foram usadas tonalidades bronzeadas, que enaltecem mais as sequencias em que retratam os personagens perante as diversas situações delicadas que eles vivenciam. 

Ambos os protagonistas, vividos por Pitt e Cotilard, possuem uma enorme química e torcemos pra ambos conseguirem ter um final feliz. Porém é uma trama que da mais espaço pro primeiro conseguir exercer uma ótima atuação, mesmo com a trama lhe jogando alguns clichês habituais do gênero (como a desconfiança de tudo e todos). No elenco secundário temos um Jared Harris ("O Agente da Uncle") que ta bem, uma Lizzie Caplan ("Truque de Mestre 2") que ta completamente desperdiçada, cuja personagem não faz diferença alguma pra trama, e uma participação especial do alemão August Diehl, referenciando seu papel de "Bastardos Inglórios" (em que Pitt também esteve).

"Aliados" é uma ótima pedida pra quem curte histórias bem contadas, e interessantes que se passam durante o período da segunda guerra mundial. RECOMENDO!

Indicação ao Oscar 2017: Melhor Figurino

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

RESIDENT EVIL: O CAPITULO FINAL

Resident Evil 6: O Capítulo Final : Poster

Depois de enfrentar uma série de contratempos em sua pré produção, que envolviam a gravidez de Milla Jovovich e o acidente de sua dublê Brit Olivia Jackson (onde ela acabou perdendo um braço), o novo longa e último longa da franquia "Resident Evil" (como eles vendem, mas eu duvido que seja) acabou estreando somente agora (onde o ano original era pra ser meados de 2014). Mês passado eu acompanhei o Painel na Comic Con Experience, da Milla Jovovich, enquanto ela esteve no Brasil, e quem me conhece, sabe que eu adoro esta atriz e que cresci vendo os filmes e jogos da franquia "Resident Evil". Mas o que me chamou muito atenção, foi que ela disse lá e em várias entrevistas que ela deu aqui, que a franquia iria fechar todas as pontas soltas deixadas nos outros longas. Então devido a certa curiosidade, fui logo assisti-lo nas "famosas" pré-estreias da 00h01. Só que infelizmente o longa não conseguiu sair da linha constante dos outros e acabou sendo "mais do mesmo".

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Depois de ter sido aparentemente a única sobrevivente dos massacres zumbis nos últimos longas, Alice (Jovovich) decide voltar a Raccon City, local onde é sede da Umbrella Corporation. Ao chegar no local, ela descobre um pequeno grupo de sobreviventes, pelo o qual decidem se juntar a ela na invasão a corporação e conseguir recuperar o antidoto que curará toda a humanidade. 

O diretor e roteirista Paul W. Anderson teve apenas dois acertos neste longa, que foram as sequencias de ação bem realizadas e a câmera tremida com a fotografia escura garantiram uma ótima transposição de emoção em alguns momentos, e na narrativa que envolvia a protagonista Alice. Porém ele erra completamente nos outros arcos, que a película apresenta. Sabemos claramente que o que vai ocorrer em cada parte do trajeto até a Umbrela (onde algumas mortes realmente acabam sendo interessantes até), e isso acaba ficando bem banal em até certo ponto da projeção. Agora temos mais uma meia duzia de personagens novos, que nem interessantes são (e alguns deles nem sabemos de onde saíram), e são apenas genéricos pra preencher lacunas de outros que morreram nos cinco primeiros longas. Um mero exemplo, é a personagem da Ruby Rose (que se mostrou aqui que não é boa atriz mesmo), onde momento algum criamos empatia pela sua personagem, mesmo ela estando no lado dos mocinhos. Agora Jovovich já se mostrou ser uma ótima atriz seja pra comédias e filmes deste gênero, e de fato, ela realmente ta boa aqui e ela tem uma química forte com Ali Later (da série "Premonição"). Enquanto Ian Glen faz o tipico vilão canastrão, onde ele ta de acordo com o que o enredo propõe.
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Agora entrando na parte técnica, o filme tem efeitos visuais realmente muito bons. Só que diferente dos dois últimos filmes, aqui o recurso 3D pode ser facilmente descartado (só ha duas cenas de profundidade, mas que mesmo assim não compensam). Os monstros e zumbis continuam sendo muito bem realizados por meio de mesclas de maquiagem com CGI. 

"Resident Evil: O Capitulo Final" é um encerramento que poderia ter sido mais bem planejado, se não fosse tão previsível e banal durante boa parte de seu tempo. Felizmente esta franquia foi uma das poucas que conseguiu se estabelecer nos até hoje nos cinemas, durante 15 anos e com seis filmes (algo que nem o recente "Assassin's Creed" vai conseguir). Mas infelizmente ele termina com uma grande pergunta no ar: quando será que existirão filmes baseados em games, que sejam realmente bons? 

Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A QUALQUER CUSTO

A Qualquer Custo : Poster

Quando me deparei com a indicação deste longa no Globo de Ouro deste ano, nas categorias de Filme Dramático e Roteiro, fui ler a respeito da produção e ver o seu trailer. Ao me deparar com o conteúdo, logo pensei: "Puta que pariu! Indicaram um longa de "Domingo Maior" na principal categoria e não colocaram "Silêncio" de Martin Scorsese no lugar!". Ao começar a assistir este longa, o principio é bem remetente aos mencionados, só que depois dos 20 minutos iniciais, vemos que a trama possui sua originalidade e acaba sendo almo muito mais aquém, do que eu pensava (ai que entra o erro grotesco da equipe que editou o trailer).

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A história mostra os irmãos Tanner (Ben Foster, de "Inferno") e Toby (Chris Pine, de "Star Trek"), que para pagar as dividas do rancho, começam a furtar diversos bancos na região. É quando são escalados a dupla de xerifes Marcus (Jeff Bridges, de "Coração Louco") e Alberto (Gil Birmingham, de "Crepúsculo"), para tentar detê-los dentre o possível.

A direção de David Mackenzie começa a fugir do padrão ai, pois ela começa a igualar a relação dos dois irmãos com a dos dois policias, na questão do afetivo. É quando abre espaço para as personalidades maniaca de Foster (que vamos e venhamos, ele já faz esse papel há uns 10 anos no cinema), um Pine que deixa claro seus sentimentos mediante dos seus atos (vide a sequencia do último assalto, onde TALVEZ possa lhe render uma Indicação ao Oscar (pode ser uma das surpresas)), um Bridges bem no estilo sarrudo e sabichão (que lembra muito a atuação dele em "Bravura Indômita") e um Birmingham pra ser o "contraponto" da zoeira daquele. 

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Porém o que o roteiro de Taylor Sheridan faz no segundo ato da película, é deixar claro que Tanner e Toby não são os verdadeiros bandidos da trama, e que eles estão na verdade lutando contra algo muito maior e difícil de ser vencido (não vou falar, pra não estragar a surpresa). Fora que seu enredo ainda realiza diversas homenagens a longas do estilo faroeste, que nos 70/80 lotavam as salas de cinema. A mesma fica por conta não só do cenário (que remete muito a um faroeste), como também pela fotografia bronzeada (onde grande parte daqueles possuía).

"A Qualquer Custo" no final das contas acaba sendo uma ótima homenagem ao gênero faroeste, porém o bafafá em cima da produção e suas indicação ao Globo de Ouro não foram pra tanto. O mesmo se diz para as indicações que ele recebeu nesta manhã para o Oscar (incluindo de melhor filme).

Indicações ao Oscar: Filme, Edição, Ator Coadjuvante - Jeff Bridges e Roteiro Original.

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 22 de janeiro de 2017

MANCHESTER À BEIRA MAR

Manchester À Beira-Mar : Poster

Não me recordo ao certo de ver o ator Casey Affleck em algum papel que realmente me convencesse. Eis que chegou a hora do irmão caçula de Ben Affleck começar a chamar a atenção de todos (e que não fosse por escândalos sexuais, como ocorreu em 2011) com seu papel em "Manchester À Beira Mar", e possivelmente lhe renderá seu primeiro Oscar na carreira (sendo que ele já venceu o último Globo de Ouro, por este trabalho). Fiquei com um pé atrás se a sua performance tinha sido digna de tamanha consideração, pois sempre o achei sem expressão alguma em todos os seus filmes (incluindo "O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford", onde ele recebeu sua primeira indicação ao Oscar há uns 10 anos). 

A trama mostra o eletricista Lee (Affleck), que leva uma vida regada a brigas e constantes crises depressivas. Até que ele é pego com a noticia, que seu irmão (Kyle Chandler) veio a óbito. Enquanto ele está resolvendo a burocracia por trás da fatalidade, ele descobre que o mesmo deixou em seu testamento que ele deverá assumir a guarda do seu filho. Renegando a situação, Lee começa a reavaliar sua vida e todas as coisas pelo qual já viveu, seja com o finado ou com sua ex-esposa Randi (Michelle Williams).

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Kenneth Lonergan ("Conta Comigo"), sem dúvidas se mostrou aqui não só como um excelente diretor, como também um brilhante roteirista. Ele desenvolveu diversos arcos onde mostram Lee com extrema dificuldade em sua vida, com o propósito de lhe fazer pensar como nós ficamos reclamando da vida atoa. Dentre outras palavras, ele acabou fugindo do padrão hollywoodiano em sua construção. Ele ainda escolheu uma ótima fotografia acinzentada, que ajuda ainda mais na perspectiva do clima depressivo pelo o qual a película vai tomar no decorrer dos arcos.

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Obviamente que os mais sensíveis com irão se emocionar em alguns momentos na narrativa, onde o principal destaque vai para o próprio Affleck. O cara não só conseguiu tirar uma enorme atuação como protagonista, como ele conseguiu ter ótimos momentos com quase todos os outros coadjuvantes do longa, seja com Lucas Hedges (que faz o papel de sobrinho) ou com Michelle (que aparece bem pouco, mas conseguiu roubar a cena em dois momentos cruciais na trama). 

"Manchester Á Beira Mar" é sem duvidas uma das maiores surpresas que eu tive neste mês de janeiro, e um forte candidato aos Oscar de Ator para Casey Affleck e Melhor Roteiro Original para Kenneth Lonergan. Aos amantes de cinema, este longa com certeza é indispensável! RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

ATÉ O ÚLTIMO HOMEM

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Quase dez anos sumido da cadeira de diretor, depois de tantas polêmicas em sua vida pessoal, Mel Gibson finalmente apresenta seu trabalho mais ácido e sagaz desde "A Paixão de Cristo". "Até o Último Homem" conta a história real, do jovem católico Desmond Doss (Andrew Garfield, o segundo Homem-Aranha do cinema), que decide por conta própria servir ao exército durante a segunda guerra. Porém ele enfrenta diversas autoridades militares dos Eua por um simples motivo: ele não quer tocar em nenhuma arma, mas sim apenas ajudar a salvar os feridos. 

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Gibson que é católico praticante e assumido, aproveita esta sua característica pessoal pra nos envolver perante aos dogmas religiosos exercidos por Doss, que de forma alguma deixava pra trás sua Bíblia, mesmo sendo motivo de piada por todos os seus colegas de exército. Garfield fez aqui sua melhor atuação na carreira (lembrando que ele ainda está em "Silence", novo do Martin Scorsese que sai no próximo mês), onde ele nos transpõe seu sentimentos de medo, paz, honra e coragem do seu personagem. Sua química com Palmer é outro ponto forte do longa, porém quem também acaba roubando a cena aqui em dois momentos distintos, é Hugo Weaving ("Matrix") que faz o pai alcoolatra de Desmound, e Vince Vaugh ("Os Estagiários") que faz o sargento do seu batalhão no exército e também exerce a função de alivio cômico da película. 

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Porém que já conhece o estilo de Gibson, sabe que o diretor não poupa nem um pouco quando trabalha com cenas de violência, ou seja, a sequencia de Desmound em pleno campo de batalha é realmente forte e impressionante (quem for sensível demais a estas coisas, já recomendo que evite ver este filme). "Até o Último Homem" não só é um forte possível indicado ao Oscar de Melhor Filme, como também é um ótimo e merecido retorno de Mel Gibson aos holofotes de Hollywood. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O DEMÔNIO DE NEON

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Nicolas Winding Refn é conhecido por grande parte dos cinéfilos por ter sido responsável pelo cult, com Ryan Gosling, "Drive". Com uma originalidade em seu roteiro e sua direção que lembrou bastante o visual do jogo GTA, Refn não só foi premiado como melhor diretor em Cannes por este, como também começou a chamar a atenção no cinema. Nas últimas semanas consegui um tempo para conferir seu último longa, "O Demônio de Neon".

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A principio o enredo me lembrou bastante aquela novela da Globo, das 23hrs, "Verdades Secretas", onde aqui a protagonista é a jovem de 18 anos, Jesse (Elle Fanning). Ela decide largar tudo pra trás e seguir uma carreira no mundo da moda. Só que a medida que ela vai avançando nos testes, e sendo selecionada para diversos ensaios, ela vai criando diversas inimizades no seu ambiente de trabalho, em especial com a estranha maquiadora Ruby (Jena Malone). 

A principio o roteiro de autoria do próprio Refn, em parceria com Mary Laws e Polly Stenham, fizeram um arco legal com a personagem Jesse. A critica aos excessos que o mundo da moda comete, a pressão daquela adolescente em virar uma adulta de imediato (bem como na novela citada no outro paragrafo), onde seus sentimentos de inocência, insegurança e ansiedade são bem abordados tanto pelo roteiro, quanto pela ótima atuação de Elle Fanning. Só que ela tem outros dois fortes nomes, que conseguem roubar a cena, que são Keanu Reeves (que faz um misterioso dono do Hotel, em que ela se hospeda) e a própria Malone (cuja as intenções de sua personagem nunca ficam claras, se ela é mocinha ou uma vilã). Porém seria tudo bacana, se os roteiristas não fizessem essa proeza incrível: nos 20 minutos finais parece que eles tacaram o foda-se pra tudo e a película literalmente decai. 

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SPOILER, LEIA POR SUA CONTA E RISCO: A sequencia de necrofilia cometida por Malone e em menos de 10 minutos depois, a sequencia de canibalismo, realmente não haviam necessidade alguma de estar dentre o enredo e quem tem sensibilidade alta pra sequencias neste estilo, evite ao máximo esse longa. FIM DO SPOILER.

Quanto a direção de Refn, ele soube comandar de forma competente, onde ele realiza uma mescla nas tonalidades azul e vermelho durante boa parte da produção, onde claramente representam os sentimentos de Jesse durante a situação toda. Por fim, vemos que "O Demônio de Neon" poderia ter sido uma película muito melhor, só que com os rumos que ela tomou, com certeza o interesse e a vontade em ver o desfecho desta história realmente decaíram. 

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

TRIPLO X: REATIVADO


Confesso que faz cerca de um mês que conferi o primeiro longa da franquia Triplo X. Lançado em 2002, o filme tinha chamado bastante a atenção pelo fato de seu protagonista Xander Cage, ser um verdadeiro duble de atividades extremamente radicais (já que o roteiro era bem raso), e foi contratado pra ser um agente a lá 007. As diversas sequencias "impossíveis" do mesmo vinham desde o "básico" com um salto sem paraquedas, até uma descida em um morro que acabará de ser implodido. Três anos depois, eles tentaram continuar a franquia com Ice Cube no papel de protagonista, porém não obteve tanto sucesso e a mesma foi engavetada. Porém 14 anos depois do primeiro longa da franquia, Diesel se transformou em um dos principais nomes de Hollywood e é o "dono" das franquias "Velozes e Furiosos", "Riddick" e agora pelo visto do próprio "Triplo X". Foi então que ele viu que era a hora de voltar a cena.

Mas o que mais me chamou a atenção na passagem dele foi pelo Brasil (tirando ele ter sido rotulado de Tiozão do Churrasco), foi que ele disse que fez o filme pra espairecer a mente (devido a enorme sobrecarga com o trabalho em "Velozes e Furiosos 7"). Ao conferir a produção vejo que ela não só serviu pra fazer ele espairecer, como também ao público que a confere. Sim, "Triplo X: Reativado" é um ótimo pontapé inicial para os Blockbusters de 2017. 

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A trama começa com Cage vivendo de forma isolada, agora dado como morto, mas ele continua vivendo na enorme adrenalina e pegando tudo quanto é mulher. Só que depois que um satélite cai, um grupo de bandidos roubam uma peça do mesmo, para construírem uma enorme arma de espionagem. É quando a agente Jane (Toni Collette, de "A Hora do Espanto") aparece "no lugar de Gibbons (Samuel L. Jackson)", recrutando Cage para resgatar o artefato. É ai que mais uma vez vemos Diesel (agora em outra franquia) juntando uma equipe de malucos, compostos pelo piloto Tennyson (Rory McCann, de "Game Of Thrones"), a atiradora Jane (Ruby Rose, de "Orange Is The New Black") e o DJ oriental Nicks (Kris Wu). 

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A formula da franquia continua a mesma do primeiro filme: foco nas cenas de coisas impossíveis e foda-se o roteiro. A competente direção de D.J. Caruso ("Paranoia"), da a devida enfase que se tem que dar nas produções de ação e consegue realizar diversas sequencias bem feitas (destaque para a final, onde o 3D ajuda bastante), e que consequentemente acabam prendendo o espectador nos arcos envolvendo Diesel. Pra já quem o conhece bem, saberá que a sua atuação continua na mesma atuação de seus outros filmes (pelo visto, ele ta encaminhando pra virar o novo Sylvester Stallone). Quem consegue roubar a cena, sendo o alivio cômico inclusive, é Nina Dobrev (da série, "The Vampires Diaries"). E pra nós brasileiros, a breve ponta de Neymar consegue mostrar que o jogador serve só mesmo pra jogar bola, ao invés de atuar (meu Deus, que bizarra foi aquela cena!). Pros fãs de artes marciais, Donnie Yen e Tonny Ja realizam tantas sequencias de lutas bacanas, que só incrementam a massividade nas cenas de ação. Enquanto Collete (o único nome de "peso" no longa), ficou com um papel que possui um estereotipo com diversas intenções suspeitas.  

"Triplo X: Reativado" não é um blockbuster "cabeça", como são os da franquia 007, mas são um ótimo sinal de que o estilo burucutu dos anos 80 não está morrendo, mas na verdade está renascendo das cinzas lentamente. Que venham mais filmes de Xander Cage! RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 14 de janeiro de 2017

LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES

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Musicais são sem duvidas um dos gêneros que mais marcaram a história do cinema. "Cantando na Chuva", "Casablanca", "A Fantástica Fabrica de Chocolates", "Grease", dentre outros acabaram nos marcando de alguma forma. Infelizmente a nova geração ainda não tinha chegado a ter o "musical" que as marcasse de alguma forma. Quando muitos pensavam que o gênero havia morrido nos cinemas (pois "Os Miseráveis" e "Rock Of Ages" foram inspirados nas peças da Brodway), eis que o diretor e roteirista Damien Chazelle ("Whiplash") nos brindou com essa enorme e doce surpresa batizada de "La La Land - Cantando Estações". O filme nem tinha chegado em nossas terras e já tinha conseguido dois feitos incríveis: ser a primeira produção na história a vencer todas as indicações que conseguiu no Globo de Ouro, e figurar com o 21º melhor filme de todos os tempos no IMDB. Finalmente o longa chegou a nossas terras e devo confessar que o hipe em cima dele tem sentido, pois o longa é realmente uma obra-prima! 

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O longa já começa com um divertido e bem realizado numero musical em um enorme congestionamento, onde no seu desfecho conhecemos os protagonistas Mia (Emma Stone), que tenta ser atriz, e Sebastian (Ryan Gosling) pelo qual não consegue se fixar como pianista e sonhar em ter seu próprio bar de Jazz. Mas ambos acabam se encontrando oficialmente mais tarde em uma festa, onde através de uma clara sequencia inspirada em "Cantando na Chuva", eles começam a ficar mais próximos.   

Chazelle tinha em mãos um longa onde praticamente tudo poderia ter dado errado. Desde o enredo, até o estilo retratado no longa, possuem aqui sua identidade e diversificação. As paletas de cores variadas utilizadas constantemente (vide o figurino na foto abaixo), as referencias a longas clássicos (que são mencionados em diálogos, e retratados depois em cena, como ocorre com a de "Casablanca"), onde a mais divertida pra mim foi de "Juventude Transviada". Outro fator que chamou muito atenção, foi a edição nos apresentar os personagens do primeiro encontro no transito, até o segundo (num bar na noite de natal), começando por Mia, e quando ela o vê, volta pra Sebastian na primeira sequencia, e quando ele a vê no segundo encontro o longa segue normal (só por isso, acho que o Oscar de Edição já é certo). A partir deste ponto vemos o quanto Stone e Gosling possuem uma ótima química juntos (também, depois de "Amor a Toda Prova" e "Caça aos Gangsteres", já era bem esperado), onde acabamos sendo brindados com ótimos momentos, que são a discussão sobre Jazz (recordando o longa "New York, New York") e principalmente a música "City Of Stars" (que é a tema do longa, e realmente vicia e nos emociona todas as vezes em que nós ouvimos em cena).

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Mas o roteiro de Chazelle também conseguiu realizar uma ótima crítica de como a qualidade das músicas atuais estão caindo (hoje é tudo mais voltado para o eletrônico, e as instrumentais estão morrendo lentamente, como o próprio Jazz), em diversos momentos da película. Pra se ter uma noção, a música citada no último paragrafo é totalmente executada no piano e pelos vocais de Gosling e Stone. Fora as outras do longa, que com certeza já entraram pra história e nos faz coloca-las como favoritas no Spotfy logo após o termino da sessão. 

"La La Land - Cantando Estações" sem duvidas renascerá uma nova era de bons musicais nos cinemas, conseguirá fazer o Oscar de 2017 ser uma edição histórica, e assim como no Globo de Ouro, faturar todas as indicações que conseguiu obter. Se você é fã de musicais assista a este longa. Agora se você não os suporta, recomendo que fique em casa vendo Netflix, pois você vai ganhar muito mais. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 7 de janeiro de 2017

TEM NA NETFLIX: COMANDO PARA MATAR

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A primeira dica do ano vai para o famoso longa de Arnold Schwarzenegger, que muitas pessoas ainda não o conhecem, mas que entrou no catalogo do serviço há um pouco tempo, e é chamado de "Comando Para Matar". Claro que pelo nome denotasse o que se trata o longa, porém o principal ponto que acaba tornando-o realmente bom é a bizarrice em sua narrativa, comandada por Mark L. Lester.

Pra se ter uma noção começarei apontando o seu enredo bem genérico: Schwarzenegger vive John Matrix, um militar que quer ficar longe dos campos de batalha e decide se aposentar, pra poder ficar com a filha pequena. Eis que somos brindados com uma sequencia entre Pai e filha tão forçada, que chega a ser muito engraçada de se ver. Então do nada chega um grupo de bandidos, liderados por um poderoso ditador, onde propõe que John lhe ajude a conseguir seu poder de volta, em troca da liberdade de sua filha. Como ele é "vida loka", ele pega e foge em pleno voo até o local que ele deveria executar o serviço. É dada a largada contra o relógio para resgatar sua filha e acabar com todos os envolvidos no sequestro.

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A trama é basicamente isso, onde temos o Arnoldão matando os caras por piscarem torto pra ele, arremessando cabines telefônicas, matando 300 nego sozinho e por ai vai. Porém isso parece bem banal em um ponto de vista mais sério, mas a narrativa transforma essas situações em um verdadeiro show de humor negro. Ainda eles colocaram uma atriz que não tem química nenhuma com ele, mas ta lá pra ser a "donzela em perigo" (não vou falar muito, pra não estragar as surpresas, mas a personagem tem uns dois arcos bacanas), Mas vale destacar que algumas das sequencias deste longa, foram replicadas em produções de ação atuais como "Jack Reacher: Sem Retorno".

Se você é fã de ação e de longas com Schwarzenegger e cia, "Comando Para Matar" é uma ótima pedida para seu final de semana!

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

SOBRE O GLOBO DE OURO 2017

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Considerada como uma das mais descontraídas cerimonias de premiação, o Globo de Ouro chega a sua 74º edição, onde terá a icônica apresentação de ninguém menos que o divertido Jimmy Fallon (que promete ser tão engraçado quanto Tina Fey e Amy Poehler nos anos de 2014 e 2015). Este ano a cerimonia irá fazer uma homagem para a grandiosa Merly Streep, lhe entregando o Cecil B. DeMille Award, pelo seu conjunto de obra (que já homenageou atores como Jodie Foster e Denzel Washington). Bom mas vamos ao que interessa: há um tempo que a cerimonia se tornou um possível termômetro pro Oscar (onde ultimamente tem se igualado ao DGA e ao SAG), onde ela já "previu" vitórias de longas como "Argo". Mas como ela sempre é voltada mais para o lado comercial, é provavel que ganhe mais filmes pro "povão". Então vamos lá com os comentários (como não vi todos os longas ainda, vou deixar comentado com base no que li e estudei):

Resultado de imagem para FILME MOONLIGHTMELHOR FILME DRAMA: MOONLIGHT - SOB A LUZ DO LUAR

A produção de Barry Jankins traça um paralelo com a realidade na qual muitas pessoas acabam vivenciando no dia a dia: jovens da classe baixa, que não conseguem outra opção na vida a não ser exercer o caminho da criminalidade. O longa tem como protagonista um adolescente que está vivenciando isso em Miami, e tenta a todo custo não partir por este caminho. A produção vem sido elogiada por todos os festivais que foi apresentada e sem duvidas será a grande vencedora da noite.



Outros indicados na categoria: Animais Noturnos, Até o Último Homem, Lion, A Qualquer Custo e Manchester a Beira Mar.


Resultado de imagem para FILME LA LA LANDMELHOR FILME COMÉDIA OU MUSICAL: LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES

Sim, eu não acredito que "Deadpool" não ira ganhar nesta categoria por um simples motivo: "La La Land" traça uma homenagem clara aos longas musicais que conquistaram Hollywood em meados dos anos 60/70, e assim como "Moonlight", a película vem fazendo sucesso por onde passa e provavelmente conseguirá se consagrar na categoria. Mas vamos ser sinceros: é gostoso ver um casal com Ryan Gosling e Emma Stone juntos nas telonas pela terceira vez consecutiva em um ótimo longa (as outras foram por "Amor a Toda Prova" e "Caça Aos Gangsteres"). Agora se o longa não "cantasse nas estações", a noite seria mesmo de "Deadpool".

Outros Indicados na categoria: 20th Century Women, Deadpool, Sing Street e Florence: Quem é Essa Mulher?


Resultado de imagem para damien chazelleMELHOR DIRETOR: DAMIEN CHAZELLE POR "LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"

"Poxa, porque eles não premiam o Mel Gibson, pra assim ele voltar aos holofotes?" A resposta é bem simples: premiar um diretor que já ganhou antes o premio e por um longa de guerra, e ainda com o histórico de Gibson em Hollywood, Só que não né... Chazelle já havia mostrado enorme competência em comandar longas com "Whiplash" e como seu novo longa também vem ganhando enorme reconhecimento, nada mais justo.



Outros indicados: Mel Gibson - Até o Último Homem, Tom Ford - Animais Noturnos, Berry Jekins - Moonlight e Kenneth Lonergan por Manchester a Beira Mar. 

Resultado de imagem para CASEY AFFLECK MANCHESTERMELHOR ATOR EM FILME DRAMÁTICO: CASEY AFFLECK POR MANCHESTER A BEIRA MAR

Sim, esse é o ano do irmão caçula de Ben Affleck. Aqui ele interpreta o papel de um Tio que tem que cuidar do sobrinho, quando ele fica orfão. Não sei muito a respeito da sua atuação, além do fato que ela vem chamando muita atenção com relação aos outros indicados e provavelmente vai render ao ator também seu primeiro Oscar. 




Outros Indicados: Joel Edgerton - Loving, Andrew Garfield - Até o Último Homem, Viggo Mortesen - Capitão Fantástico e Denzel Washigton - Fances.

Resultado de imagem para natalie portman jackieMELHOR ATRIZ EM FILME DRAMÁTICO: NATALIE PORTMAN POR JACKIE

Desde que vi sua atuação neste longa no primeiro trailer, já deu pra se notar que ele não só enalteceu uma das principais figuras da história dos Eua, como também os jurados das premiações adoram atuações assim (vide "A Rainha" que premiou Helen Mirren, quando ela viveu a atual Rainha da Inglaterra). Aqui ela expôs em tela todos os sentimentos que a viúva do Presidente Kennedy teve, perante seu assassinato a sangue frio. Nenhum outro longa antes explorou esta versão da história como aqui foi mostrado. É Amy Adams, este ano ainda não é seu...


Outros Indicados: Jessica Chastain - Miss Sloane, Isabelle Hupert - Elle, Ruth Negga - Loving e Amy Adams - A Chegada.

Resultado de imagem para ryan reynolds, deadpoolMELHOR ATOR COMÉDIA/MUSICAL: RYAN REYNOLDS POR DEADPOOL

Em uma das melhores atuações do ano, Reynolds não só conseguirá ganhar o prêmio na noite como será o segundo ator (depois do finado Heath Ledger) a dar um prêmio de grande porte para um personagem vindo das Hqs. Creio que depois de sua vitória, muitas coisas irão mudar positivamente nas adaptações pros cinemas (Logan ta ai pra isso, e que venha um prêmio pro Hugh também!). Agora é torcer pra ele pelo menos ser indicado ao Oscar também (ao que tudo indica, as chances só aumentam a cada dia).

Outros Indicados: Jonah Hill - Cães de Guerra, Colin Farrel - The Lobster, Hugh Grant - Florence: Que Mulher É Essa? e Ryan Gosling - La La Land: Cantando Estações

Resultado de imagem para meryl streep florenceMELHOR ATRIZ COMÉDIA/MUSICAL: MERYL STREEP POR FLORENCE - QUEM É ESSA MULHER?

Meryl Streep já mostrou que pode tudo em Hollwood (afinal ela é a única atriz que já conseguiu quase 20 indicações ao Oscar, com 3 vitórias), e dentre as outras indicadas ela consegue ser a única que nos faz rir e nos emocionar em um mesmo longa. Independentemente, pra mim ela foi uma das melhores de 2016. Obviamente que ela vai pro Oscar também (junto do Hugh Grant, em sua primeira indicação).


Outros Indicados: Annete Bening - 20th Century Woman, Lily Collins - Rules Don't Apply, Emma Stone - La La Land: Cantando Estações e Hailee Steinfield - Quase 18.

Resultado de imagem para Mahershala Ali moonlightMELHOR ATOR COADJUVANTE: MAHERSHALA ALI POR MOONLIGHT - SOB A LUZ DO LUAR

Esse é aquele tipico caso, do ator que faz vários longas que conhecemos mas que não sabíamos seu nome. Bom, depois de ele faturar o Globo de Ouro e Oscar deste ano, todos nós passaremos a vê-lo com um outro olhar nos longas, onde as premiações de festivais já deram as caras que ele é o principal favorito na categoria e sem demais. Obviamente que Aaron Taylor Johason estava ótimo em "Animais Noturnos" (é outro forte indicado e pode surpreender), mas é difícil ele ganhar. 

Outros Indicados: Aaron Taylor Johason - Animais Noturnos, Jeff Bridges - A Qualquer Custo, Simon Helberg - Florence: Quem é Essa Mulher? e Dev Patel - Lion

Resultado de imagem para VIOLA DAVIS fencesMELHOR ATRIZ COADJUVANTE: VIOLA DAVIS - FENCES

Esses dias a atriz ganhou uma estrela na calçada da fama pelo seu conjunto em carreira. Nada mais justo que premia-la na noite de domingo, pela sua atuação nesse elogiadíssimo longa em que ela foi dirigida por ninguém menos que o próprio Denzel Washigton (que também estrela com ela). 






Outros indicados: Naomi Harris - Moolight, Octavia Spencer - Estrelas Além do Tempo, Nicole Kidman - Lion, Michelle Willians - Manchester À Beira-Mar .

Resultado de imagem para KUBO E AS LIÇÕES MÁGICASMELHOR ANIMAÇÃO - KUBO E AS LIÇÕES MÁGICAS

Creio eu, que pelo diferencial que a animação apresentou em sua narrativa e o sucesso que ela vem fazendo, acho que este será o primeiro de muitos anos onde a Disney e até mesmo a própria Pixar fiquem de mãos abanando nas premiações. 






Outros Indicados: Zootopia, Moana, Sing - Quem Canta Seus Males Espanta, Ma Vie de Courgette.

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MELHOR ROTEIRO: KENNETH LONERGAN POR MANCHESTER À BEIRA-MAR

Não querendo desconsiderar os outros longas, que também são bons, este é o que vem mais chamando a atenção nos festivais e afins por causa do diferencial em sua narrativa, que possui uma premissa bem banal. Talvez ele perca pra "La La Land", mas acho difícil. 





Outros Indicados: Damian Chazelle - La La Land, Tom Ford - Animais Noturnos, Berry Jenkins - Moonlight, Taylor Sheridan - A Qualquer Custo.

MELHOR TRILHA SONORA: LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES

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Só de ouvir todas as trilhas sonoras indicadas, sem duvidas a mais gostosa e que possuía uma melodia realmente cativante e divertida foi a de La La Land, que não dará chances aos outros indicados. 

Outros Indicados: A Chegada, Lion, Estrelas Além do Tempo, Lion e Moonlight. 

MELHOR CANÇÃO: CITY OF STARS - LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES

Vou deixar que este vídeo explique pra vocês: 


Outros Indicados: Faith - Sing, Gold - Gold, How Far I'Il Go - Moana e Can't Stop The Filling - Trolls

Não opinei na categoria de filme estrangeiro, mais por não conhecer mesmo muito sobre eles e não ter assistido a nenhum longa na categoria no momento (diferente das outras, onde eu vi pelo menos um). Espero que consiga opinar nesta categoria no Oscar. Bom pessoal deixem seus palpites e vamos ver se consegui ir bem desta vez nos meus... Boa Semana a todos!